IMA autua Prefeitura por irregularidades no lix�o
O Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA) autuou a Prefeitura de Maceió por funcionamento irregular do aterro sanitário da cidade, o lixão, que fica localizado no bairro de Cruz das Almas. Se aplicada a legislação ambiental federal, Maceió poderá paga
Por | Edição do dia 15/11/2002 - Matéria atualizada em 15/11/2002 às 00h00
O Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA) autuou a Prefeitura de Maceió por funcionamento irregular do aterro sanitário da cidade, o lixão, que fica localizado no bairro de Cruz das Almas. Se aplicada a legislação ambiental federal, Maceió poderá pagar até R$ 10 milhões de multa. A autuação foi dada, ontem, após uma inspeção realizada no final da manhã por técnicos do Departamento de Controle Ambiental do instituto e representantes do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cepram). Os técnicos concluíram que o lixão está contaminando o solo e pondo em risco a saúde de moradores de vários bairros da cidade. Segundo especialistas, o aterro sanitário de Maceió, há muito tempo, vem dando sinais de que não possui mais vida ativa, o que significa que o local está trabalhando acima das perspectivas projetadas. Durante as duas últimas semanas, moradores dos bairros vizinhos ao aterro, como Jacarecica, reclamaram da fumaça que sai do lixão, por causa da autocombustão, e denunciaram problemas respiratórios por inalarem a substância, considerada por eles tóxica. A superintendente de Limpeza Urbana de Maceió, Rosa Tenório, informou que a prefeitura está, há alguns anos, tentando viabilizar projetos para construção de outro aterro sanitário. Além disso, segundo explica, também estão sendo estudadas possibilidades de impedir e reverter o quadro de poluição já provocado pelo atual aterro, que está completando 35 anos de funcionamento. Ela garante que, no máximo em três meses, um novo projeto de aterro será apresentado. O representante do Cepram, Anivaldo Miranda, enfatiza que a autuação veio depois que todas as tentativas de acordo com a Slum foram esgotadas. Dizem que há projetos e estudos. Entretanto, nenhuma das ONGs que atuam nessa área em Alagoas foi chamada para conversar sobre o assunto, declarou. Na próxima semana, os técnicos farão uma avaliação mais detalhada do local e determinarão que tipo de multa a prefeitura terá de pagar.