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Nº 5905
Cidades

Serra da Barriga reclama do descaso do poder p�blico

Sucursal União dos Palmares – A Serra da Barriga, símbolo nacional da luta da resistência negra, sofre com a falta de atenção do poder público. Hoje, dia 20 de novembro, quando é comemorado o Dia da Consciência Negra, os moradores da localidade reclamam d

Por | Edição do dia 20/11/2002 - Matéria atualizada em 20/11/2002 às 00h00

Sucursal União dos Palmares – A Serra da Barriga, símbolo nacional da luta da resistência negra, sofre com a falta de atenção do poder público. Hoje, dia 20 de novembro, quando é comemorado o Dia da Consciência Negra, os moradores da localidade reclamam dos problemas existentes na serra, e denunciam que a área só é lembrada durante a data festiva. Segundo eles, a Serra da Barriga, localizada na zona rural do município de União dos Palmares e que já foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, em março de 1988, não dispõe de nenhuma infra-estrutura para facilitar o acesso dos moradores, que também sofrem com a falta de segurança no local. “À noite, toda a área do platô fica desprotegida, à mercê da ação de qualquer pessoa. Precisamos de reforço policial no local”, enfatizou o líder comunitário das 13 famílias que residem na área tombada, José Maria dos Santos. Restrições Ele informou, ainda, que as boas condições de acesso ao topo da Serra da Barriga ficam restritas à época da comemoração pela passagem do Dia da Consciência Negra. “No restante do ano e, principalmente, no inverno, a gente só sobe a Serra a cavalo ou com um carro traçado. Todo os anos, durante a festa as autoridades garantem que vão resolver os problemas da Serra, o que não acontece”, desabafou José Maria. A problemática da falta de estrutura na área de abastecimento de água, também aflige os moradores da localidade. “Só temos energia. As casas não têm água encanada. Somos obrigados a coletar em cacimbas”, frisou ele. Muitas vezes, denunciam os moradores, a água não está própria para consumo, e se transforma numa fonte de doenças para crianças e idosos da comunidade. José Maria também lembra que as crianças são obrigadas a percorrer três quilômetros a pé para estudar em uma escola situada na cidade. Também não há transporte que faça o percurso até a Serra.

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