app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5791
Cidades

Ocupa��o afeta setor imobili�rio

Um barraco incomoda muita gente. Dois barracos incomodam muito mais. A ocupação de um terreno, ao lado da recém-inaugurada Avenida Márcio Canuto, está tirando o sono de construtores e corretores de imóveis. Em menos de três meses, o acampamento do Movimen

Por | Edição do dia 01/12/2013 - Matéria atualizada em 01/12/2013 às 00h00

Um barraco incomoda muita gente. Dois barracos incomodam muito mais. A ocupação de um terreno, ao lado da recém-inaugurada Avenida Márcio Canuto, está tirando o sono de construtores e corretores de imóveis. Em menos de três meses, o acampamento do Movimento Via do Trabalho (MVT) aumentou de 5 para 40 famílias, enquanto as vendas de um empreendimento imobiliário na região despencaram em mais de 60%. “Antes recebia aqui cinco, seis clientes todo dia, hoje, quando vem um é a pulso”, conta Genildo da Silva, o funcionário de uma construtora, que ficou com o estande montado de frente para os barracos de lona, papelão e madeira. Para os corretores Jesus Júnior e Alberto Carmelo, há um receio grande dos clientes porque a “favela pode se alastrar”. Mas eles informam que o terreno é uma propriedade privada e o proprietário já entrou com ação de despejo na Justiça, portanto a ocupação é temporária. Setores do mercado imobiliário e alguns moradores da região têm a opinião de que os sem-teto não passam “de um comboio de maloqueiros, aproveitadores que não têm o que fazer” e ocupam áreas para receber casas e depois vender. “Tem um bocado deles que têm casa aí na grota e montam barracos aqui só para se dar bem”, interpreta Genildo. “Acho que eles não têm o direito de invadir uma propriedade privada. Por que eles não invadem as praças, que é público, e não o que é particular?”, sugere Alberto. “O nome já está dizendo tudo: é invasão”, assevera Júnior.

Mais matérias
desta edição