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Nº 5900
Cidades

Sede do Incra � invadida por trabalhadores sem-terra

Cerca de 100 trabalhadores sem-terra que ocupam a Fazenda Ouricuri, em Atalaia, invadiram, ontem, a sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/AL), para cobrar agilidade do órgão no processo de desapropriaçã

Por | Edição do dia 03/12/2002 - Matéria atualizada em 03/12/2002 às 00h00

Cerca de 100 trabalhadores sem-terra que ocupam a Fazenda Ouricuri, em Atalaia, invadiram, ontem, a sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/AL), para cobrar agilidade do órgão no processo de desapropriação da área, onde estão acampadas 240 famílias, há mais de três anos. A ocupação pegou de surpresa os servidores do Incra e outros condôminos do Edifício Walmap, que desocuparam às pressas o prédio. A Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança e evitar depredações do edifício. O superintendente do Incra/AL, Antônio Carlos, recusou-se a subir até seu gabinete, no 5º andar do edifício para negociar com os invasores. Sem querer prestar declarações à imprensa, alegando que desconhecia o motivo da invasão, o superintendente do Incra se manteve, a maior parte do tempo, do lado de fora do prédio. Ele afirmou que só iria conversar com uma comissão num local aberto fora da sede do Incra. Oficiais do Centro de Gerenciamento de Direitos Humanos e Polícia Cidadã da Polícia Militar de Alagoas estiveram no local para discutir uma saída pacífica para o conflito. Um dos técnicos do Incra, que preferiu não se identificar, explicou que o processo de desapropriação da Fazenda Ouricuri foi suspenso porque as terras foram invadidas. “Existe uma lei que proíbe o processo de vistoria e desapropriação de áreas que estejam invadidas por um período de dois anos”, explicou o técnico. “Só se houver uma determinação expressa do ministro do Desenvolvimento Agrário essa situação pode ser revertida”, finalizou.

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