Sujeira e polui��o reduzem vinda de turistas
O número de turistas em Alagoas caiu em relação ao ano passado, quando a ocupação chegou a um percentual de 60%. Na opinião da presidente do Sindicato dos Guias Turísticos, Enézia Figueiredo, os motivos da queda são a sujeira, os buracos e, principalmente
Por | Edição do dia 01/03/2002 - Matéria atualizada em 01/03/2002 às 00h00
O número de turistas em Alagoas caiu em relação ao ano passado, quando a ocupação chegou a um percentual de 60%. Na opinião da presidente do Sindicato dos Guias Turísticos, Enézia Figueiredo, os motivos da queda são a sujeira, os buracos e, principalmente, a poluição das praias, não só de Maceió, mas também de outras localidades do Estado. Ela fez um apelo ontem às autoridades, lembrando que as praias são a maior fonte de riqueza do Estado. Segundo a presidente, o descaso das autoridades alagoanas está acabando com a fonte que gera empregos e que atrai turistas: as belezas naturais espalhadas por várias cidades do Estado. Nós estamos perdendo a nossa riqueza maior, que são as praias, já que Maceió e Alagoas são vendidos como praia. Dessa forma, com as placas de sinalização indicando que não se pode tomar banho, estamos matando a galinha dos ovos de ouro, justificou. Dentro dos segmentos envolvidos com o turismo, estão classificados: hotéis e pousadas; bares e restaurantes; entretenimento e lazer; agências de viagens e empresas de turismo; transportes todos prejudicados pela sujeira das praias. Mas o guia turístico é quem fica numa situação difícil. É ele quem está de frente com o turista, não são as pessoas que estão em seus escritórios, sentadas em cadeiras maravilhosas, e que só saem de lá para divulgar Maceió. Essas pessoas deixam para o guia a responsabilidade de explicar a questão das placas, mas ele não tem capacidade técnica para isso, lembrou Enézia Figueiredo. Ela declarou que apesar da redução do número de turistas, conseqüência da poluição, vale a pena fazer um curso de Turismo em Alagoas. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade, o órgão máximo do turismo divulgou que o número de pessoas ocupadas com o turismo cresceu 24%, de 92 a 94, enquanto que na economia total o acréscimo foi de apenas 10%.