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Nº 5759
Cidades

M�e de santo presta queixa por ofensa

A confusão gerada nas redes sociais por causa da publicação da foto da filha do ator Henri Castelli nos braços de uma mãe de santo alagoana virou caso de polícia. Acompanhada de dois advogados, a mãe Neide Oyá D’Oxum prestou queixa, ontem, contra as decla

Por | Edição do dia 20/05/2015 - Matéria atualizada em 20/05/2015 às 00h00

A confusão gerada nas redes sociais por causa da publicação da foto da filha do ator Henri Castelli nos braços de uma mãe de santo alagoana virou caso de polícia. Acompanhada de dois advogados, a mãe Neide Oyá D’Oxum prestou queixa, ontem, contra as declarações dadas por Juliana Despirito, a mãe da garotinha, na publicação feita pelo artista, no Instagram. O delegado Alcides Andrade, titular do 2º Distrito Policial (DP), abriu investigação do caso. Na saída da delegacia, mãe Neide não quis falar muito com a reportagem, até por orientação da defesa. Nas poucas palavras que disse, destacou que ficou profundamente abalada pela surpresa que diz ter tido ao tomar conhecimento das afirmações publicadas na internet. “Assim que tudo estiver no lugar, eu falo tudo. Por enquanto, tenho que me fortalecer pelos caminhos certos, afinal de contas eu não estou respondendo somente pela mãe Neide, porque eu não fui atacada sozinha, mas o nosso Estado, a nossa religião”, diz. O delegado explicou que o próximo passo é tomar o depoimento da parte que diz ofendida, no caso a mãe de santo, e mais algumas testemunhas do caso, a serem arroladas durante o inquérito. A assessora de imprensa, mãe da menina que aparece na foto tirada pelo ator, deve ser ouvida em São Paulo, onde mora. O conteúdo da oitiva será enviado a Alagoas via carta precatória. Alcides Andrade adiantou que o fato pode incorrer em crime tipificado no Artigo 208, do Código Penal Brasileiro. O trecho expressa a questão da intolerância religiosa, ao ponto de escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa. A pena para esse delito é de detenção, de um mês a um ano, ou multa, embora o delegado acredite que, se a parte ofensora estivesse em Alagoas, seria convocada à delegacia e, dependendo do caso, assinaria um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Os advogados Newton Gonçalves Neto e Walkyria Carvalho, contratados para a defesa, informaram que ainda estão estudando quais medidas jurídicas vão ser tomadas, independentemente do curso investigativo policial.

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