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Nº 5759
Cidades

Quilombolas vivem situa��o de abandono

Terra de Zumbi dos Palmares, o principal líder da resistência negra à escravidão, berço da liberdade para o povo afrodescendente, o Estado de Alagoas possui atualmente 69 comunidades de remanescentes quilombolas, reconhecidas e certificadas pelo governo f

Por | Edição do dia 24/05/2015 - Matéria atualizada em 24/05/2015 às 00h00

Terra de Zumbi dos Palmares, o principal líder da resistência negra à escravidão, berço da liberdade para o povo afrodescendente, o Estado de Alagoas possui atualmente 69 comunidades de remanescentes quilombolas, reconhecidas e certificadas pelo governo federal e pela Fundação Cultural Palmares, instituição voltada para a promoção e preservação da arte e da cultura afro-brasileira e vinculada ao Ministério da Cultura. Passados exatamente 127 anos da liberdade conquistada com o fim da escravidão, os quilombolas alagoanos vivem ainda hoje à mercê da própria sorte, expostos a péssimas condições de habitação, sem acessos a serviços públicos em suas comunidades, carentes de escolas e postos de saúde, além de sofrerem discriminações veladas. Localidades como Arapiraca e Monteirópolis se diferenciam das demais, por apresentarem melhores condições fornecidas pelo poder público e projetos desenvolvidos que valorizam e elevam a autoestima e a negritude. Para tentar mudar o atual quadro de descaso, a Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas acionou, na semana passada, o Ministério Público Federal, através da representação do órgão na cidade de Arapiraca. No documento protocolado e entregue pelo representante da coordenação, Manuel Oliveira dos Santos, o Bié, constam informações sobre a situação vivida pelas comunidades. “Buscamos melhorias na educação, saúde, infraestrutura e cidadania, que é nosso direito, mas que não estão sendo cumpridas”, declarou.

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