Militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram, na tarde de ontem, ao Comando Geral do Bope prestar depoimentos sobre a ação que, no último dia 13, terminou com a morte do agente penitenciário Joab Nascimento de Araújo Junior, de 30 anos, no centro de Maceió. De acordo com o advogado dos policiais, Leonardo Moraes, durante depoimento, a guarnição explicou que usou uma técnica policial conhecida como triângulo imaginário para conter a situação. “Os integrantes do Bope fizeram uso de uma técnica policial, na qual os integrantes de uma guarnição entram no local de forma diferenciada, um pela esquerda, um pela direita e outro pelo centro, todos com a arma de fogo em punho. Por conta das circunstâncias, a tática usada foi considerada correta para a abordagem, uma vez que a situação era de alto risco”. Conforme relatório emitido pela Polícia Militar, Joab teria reagido à abordagem do Bope sacando uma arma de fogo em direção aos militares. As investigações revelam que a vítima estava na companhia do colega Josiel Dias da Silva, 39 anos, que também é agente penitenciário. Segundo o Bope, a ação ocorreu após uma denúncia de que homens armados teriam ameaçado uma mulher dentro de um bar. “É preciso entender que não havia outra forma de agir. Essa situação não deve ser vista como uma execução. Não se puxou o gatilho por ser um agente penitenciário, pois esse fato só foi descoberto depois. Agora, estamos à disposição para que tudo seja esclarecido e resolvido da melhor forma”, salientou Moraes. * Sob supervisão da editoria de Cidades.