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Nº 5759
Cidades

Paralisa��o deixa cerca de 360 mil usu�rios sem �nibus

A camareira Jane Oliveira, funcionária de hotel no bairro da Ponta Verde, em Maceió, sabia que os ônibus do transporte coletivo só circulariam após as 8h. Mesmo assim, chegou ao ponto às 6h30, na esperança de tomar uma condução qualquer para tentar chegar

Por | Edição do dia 30/05/2015 - Matéria atualizada em 30/05/2015 às 00h00

A camareira Jane Oliveira, funcionária de hotel no bairro da Ponta Verde, em Maceió, sabia que os ônibus do transporte coletivo só circulariam após as 8h. Mesmo assim, chegou ao ponto às 6h30, na esperança de tomar uma condução qualquer para tentar chegar ao trabalho. Ficou mais de duas horas até conseguir transporte. “Desisti do transporte alternativo, meu filho, porque está muito cheio e estão explorando a gente na cobrança da passagem”, disse, enquanto esperava a condução em ponto de ônibus vizinho à garagem da empresa Piedade, no Tabuleiro do Martins. “Pagar até R$ 15 pela viagem de R$ 2,75 não dá”, desabafou. Além dela, dezenas de trabalhadores também demonstravam insatisfação com o atraso na circulação dos coletivos. O ajudante-geral de uma construtora, Roberto Inocêncio, também tinha tentado uma alternativa para chegar ao trabalho, no bairro do Farol. “Avisei ao patrão que talvez nem fosse trabalhar”, comentou. Estima-se que, no total, 360 mil pessoas tenham sido afetadas pela paralisação dos rodoviários, parte da estratégia da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de protestar contra o Projeto de Lei nº 4330, que prevê a legalização de servidores terceirizados para quaisquer atividades empresariais. “Não sei direito o motivo da paralisação. Dizem que é por causa do um projeto de lei aí”, afirmou um dos cobradores da empresa Piedade, pedindo para não ser identificado. “O sindicato apareceu, articulou a paralisação, e a gente demonstrou solidariedade”, completou, enquanto regressava ao serviço.

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