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Nº 5759
Cidades

S�o Francisco agoniza � espera de solu��o

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Por | Edição do dia 31/05/2015 - Matéria atualizada em 31/05/2015 às 00h00

O Rio São Francisco, o maior patrimônio para a vida de milhões de alagoanos, continua em estado terminal. Embora ainda se veja beleza em suas águas e nas terras por onde passa, os problemas têm se tornado a cada dia mais evidentes e já começam a afetar até mesmo o abastecimento de água potável para a população. Falta de ação e iniciativa política e omissão da sociedade são apresentados por ambientalistas, pescadores e defensores do “Velho Chico” como agravantes para a situação. Desmatamento da mata ciliar, poluição provocada pelo lançamento de esgotos diretamente no rio e em seus afluentes, construção de lagos para uso de hidrelétricas e até a construção de obras como a transposição, em execução pelo governo federal, são apontados como fatores decisivos para a morte anunciada do São Francisco. Como resultado, peixes nativos como surubim, mandim, ninquim, antes encontrados em abundância, desapareceram. Várias partes do trecho que corta Alagoas apresenta assoreamento e baixa vazão e surgem constantemente novas “ilhas”. Na semana passada, moradores dos municípios de Delmiro Gouveia e Pariconha, no Alto Sertão do Estado, ficaram sem água nas torneiras por quase uma semana, devido à presença de bactérias encontradas na área de captação da água do São Francisco. Além da população dessas duas cidades, os moradores de Olho d´Água do Casado, Piranhas, Mata Grande, Água Branca, Canapi e Inhapi também enfrentaram problemas por conta da mesma contaminação, identificada pelo Instituto Federal do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama). Até então, nenhum laudo apontando a causa da poluição e os motivos foi apresentado. A princípio, indicou-se que as bactérias surgiram do lago da hidrelétrica de Xingó, administrado pela Companhia Hidro elétrica do São Francisco (Chesf) e que foi lançado ao rio com a abertura das comportas. Na ocasião, a direção da empresa negou e o problema continua sem uma resposta e solução definitiva. Além de afetar diretamente milhares de pessoas, que tiveram o fornecimento suspenso, situações como essa prejudicam ainda mais quem sobrevive do rio, principalmente pescadores artesanais.

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