Peritos criminais vivem expostos � inseguran�a
Assim como as demais profissões, os peritos criminais estão expostos à insegurança e ainda têm o agravante de lidar diariamente com casos de violência. A rotina de um servidor dessa natureza obriga a análise de cenas de crimes em regiões, por vezes, hosti
Por | Edição do dia 31/05/2015 - Matéria atualizada em 31/05/2015 às 00h00
Assim como as demais profissões, os peritos criminais estão expostos à insegurança e ainda têm o agravante de lidar diariamente com casos de violência. A rotina de um servidor dessa natureza obriga a análise de cenas de crimes em regiões, por vezes, hostis e que, sem a presença da Polícia Militar, ficaria impossível o trabalho ser executado. Pelo relato deles, os olhares mal intencionados e, em alguns casos, também as investidas, fazem parte do cotidiano. O porte de arma obrigatório é um apelo da categoria para dar sensação de segurança. Embora uma das principais reclamações seja a periculosidade no exercício da função, os peritos ressaltam, ainda, os riscos de contaminação pelo manuseio de materiais biológicos, químicos e de acidentes, no deslocamento para atender a inúmeras ocorrências ao longo do dia e no Estado inteiro. O serviço da perícia do Instituto de Criminalística (IC) pode ser acionado a qualquer horário do dia. Porém, os servidores são taxativos: sem polícia nos locais, não há perícia. E eles falam com propriedade. Relatam ameaças sofridas durante as perícias feitas. Em um dos casos, a perita Suely Maurício, 12 anos na função, lembra que um homem se aproximou da equipe do IC exigindo que não fosse feita a análise no parente que acabara de ser assassinado. Um homem bem alto e forte e com tom ameaçador chegou perto de mim e disse: Tire as mãos do meu sobrinho. Se a polícia não estivesse no local, nós sofreríamos algum tipo de violência. Foram necessários três homens para afastá-lo. Não temos proteção alguma. Ou a gente se preocupa com o nosso trabalho ou com a segurança pessoal, conta.