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Nº 5759
Cidades

Oficiais de Justi�a atuam com medo

Responsáveis pela execução e materialização das sentenças e decisões tomadas pelo Poder Judiciário, os oficiais de Justiça atuam em Alagoas com receio, apesar de compreender que a função incorre em riscos diários. Na prática, eles levam as intimações e as

Por | Edição do dia 31/05/2015 - Matéria atualizada em 31/05/2015 às 00h00

Responsáveis pela execução e materialização das sentenças e decisões tomadas pelo Poder Judiciário, os oficiais de Justiça atuam em Alagoas com receio, apesar de compreender que a função incorre em riscos diários. Na prática, eles levam as intimações e as comunicações do que foi determinado pela Justiça. Descem morros, sobem ladeiras, passam por locais esquisitos, muitos tomados pelo tráfico. Mesmo assim, têm que cumprir a tarefa. A categoria luta para que o porte de arma seja obrigatório à profissão. No Estado, há 312 oficiais de Justiça em atuação e grande parte já encarou a insegurança de perto. Eles relatam ameaças constantes que recebem na hora ou depois de entregar as intimações. Afinal de contas, é por eles que as partes no processo são notificadas. A sensação de correr perigo é constante em cada diligência feita e, para alguns casos, é preciso recorrer à força policial para executar a atividade. Em desapropriações, quando a Justiça expede o mandado de reintegração de posse, os oficiais sempre pedem o suporte da Polícia Militar. A resistência de quem vai receber a ordem judicial é o grande obstáculo para o servidor. Nem sempre o trabalho é concluído no mesmo dia, e as inúmeras tentativas de negociação provocam desgaste físico e mental. O presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado de Alagoas (Sindojus-AL), Cícero Pereira dos Santos Filho, diz que a categoria é somente mais uma que sofre com a violência urbana. Seria, na avaliação dele, o reflexo da insegurança que se alastrou na sociedade alagoana. “Como estamos sempre em locais hostis e com índices altos de criminalidade, o risco aos oficiais de Justiça meio que triplica”, acredita. Ele informa que cada oficial entrega entre 120 e 140 mandados por mês em Alagoas, uma quantidade considerada pelo sindicato bastante elevada. E nem sempre a Polícia Militar é acionada para dar o suporte ao trabalho.

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