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Nº 5759
Cidades

Ponto eletr�nico gera protesto

Parte dos 510 servidores do Posto de Atendimento Médico (PAM) Salgadinho, no bairro do Poço, em Maceió, decidiram descumprir a determinação superior de registrar a frequência ao trabalho por meio de ponto eletrônico. Instalado ontem, o equipamento tem por

Por | Edição do dia 14/07/2015 - Matéria atualizada em 14/07/2015 às 00h00

Parte dos 510 servidores do Posto de Atendimento Médico (PAM) Salgadinho, no bairro do Poço, em Maceió, decidiram descumprir a determinação superior de registrar a frequência ao trabalho por meio de ponto eletrônico. Instalado ontem, o equipamento tem por finalidade verificar se os servidores realmente cumprem com sua jornada laboral na segunda maior unidade de saúde da América Latina. “A ordem é assinar o ponto da forma tradicional, por escrito, e não colocar dedo em máquina para gerar estatística fantasiosa. É um repúdio à precariedade do posto, que funciona no improviso e com carência de servidores há muitos anos”, avisou Cícero Lourenço, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social (Sindprev-Alagoas). Os servidores da unidade de saúde aproveitaram a inauguração do equipamento, instalado por recomendação do Ministério Público (MPE), para também reagir à precariedade do atendimento à população, ocasionada pela suposta falta de materiais básicos para procedimentos simples e rotineiros. “Os setores oftalmológico e odontológico não funcionam há mais de três anos. Faltam luvas, gazes, os banheiros, como sempre, sujos! O aparelho de raios-X não funciona há muito tempo. Agora, vem uma exigência do Ministério da Saúde para assinatura de ponto eletrônico para todos os os trabalhadores”, queixava-se Cícero Lourenço. Sob argumento de que “não há estrutura mínima” para o desempenho de muitas das suas atividades, os servidores dizem não ser contrários ao ponto eletrônico. No entanto, cobram “maior transparência e seriedade” na gestão dos recursos públicos federais destinados à saúde pública municipal. “Deveriam ter melhorado a estrutura do posto, e não apenas se preocupar em instalar ponto eletrônico”, criticou Lourenço. O pedreiro Germano Paes da Silva, de 60 anos e residente no bairro do Jacintinho, é uma das “vítimas” da estrutura inadequada.

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