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Nº 5759
Cidades

O exemplo de quem conseguiu mudar de vida

Ao se procurar conhecer melhor o Programa Bolsa Família e os seus resultados na melhoria de vida das famílias assistidas, fica claro que os avanços dependem de cada pessoa, sua origem, formação de vida, enfim, o modo como cada qual encara o dia a dia e se

Por | Edição do dia 19/07/2015 - Matéria atualizada em 19/07/2015 às 00h00

Ao se procurar conhecer melhor o Programa Bolsa Família e os seus resultados na melhoria de vida das famílias assistidas, fica claro que os avanços dependem de cada pessoa, sua origem, formação de vida, enfim, o modo como cada qual encara o dia a dia e se percebe diante de todo um sistema social capitalista. Tarefa das mais difíceis para quem sempre teve pouco ou quase nada. O que fica claro é que o caminho é a educação, o estudo, o aprendizado. Jailda dos Santos é assistente social, mãe de três filhos. Atualmente ela está como coordenadora do Programa Bolsa Família no município de Teotônio Vilela. Mesmo formada com nível superior, decidiu voltar à universidade. Cursa o 4° período de pedagogia na Universidade Estadual de Alagoas (Uneal). Quem a vê hoje ocupando seu espaço profissional, esclarecida e ainda em busca de avanços, jamais poderia imaginar que ela era beneficiária do Bolsa Família. “Em 2005, terminei o ensino médio. No ano seguinte, prestei vestibular para a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e passei em Serviço Social. Nessa época, eu recebia Bolsa Família, mas também tinha a responsabilidade de querer avançar na vida. Na faculdade, eu usava o dinheiro para me alimentar, mas, tinha momentos em que tinha que escolher entre comer ou tirar cópias dos livros. Ficava sem refeição, para garantir o aprendizado”, contou, emocionada, mas convicta. “Eu sei o que quero na vida”, reforçou. Jailda trabalhava com agente de saúde e conhecia de perto a situação dos mais pobres, na qual se incluía. Seu empenho e dedicação aos estudos tem servido de inspiração e reflexo para os filhos. Sua filha mais velha, Priscila Caroline, segue os mesmos passos da mãe e também é aluna da Ufal, na área de saúde. “Muita gente critica o Bolsa Família, por ser um programa de transferência de renda para os mais pobres, mas estas mesmas pessoas certamente não criticam as bolsas de estudos para mestrado ou doutorado, também concedidas pelo governo federal e igualmente transferência de renda, utilizadas na maioria das vezes por filhos de famílias com melhor poder aquisitivo”, refletiu.

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