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Nº 5808
Cidades

Ex�rcito come�a a atuar no exterm�nio os focos de Aedes

O secretário de Estado de Saúde, Álvaro Machado, fez um apelo, ontem de manhã, para que os responsáveis pelos condomínios, principalmente na orla marítima de Maceió, facilitem o acesso dos agentes de saúde que fazem o trabalho de combate à dengue. O ap

Por | Edição do dia 05/03/2002 - Matéria atualizada em 05/03/2002 às 00h00

O secretário de Estado de Saúde, Álvaro Machado, fez um apelo, ontem de manhã, para que os responsáveis pelos condomínios, principalmente na orla marítima de Maceió, facilitem o acesso dos agentes de saúde que fazem o trabalho de combate à dengue. O apelo foi feito durante o início dos trabalhos de cerca de 40 soldados do Exército, que nas próximas três semanas vão atuar junto aos agentes de saúde, realizando desde ações educativas até a eliminação de focos de larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Segundo Machado, além de não estarem tendo acesso aos apartamentos desses condomínios, outro fator preocupante é que existe uma alta incidência de focos de larvas de mosquito nos poços dos elevadores. “É preciso orientar os porteiros e as equipes de limpeza para fazerem a limpeza desses poços dos elevadores”, alertou. Ele pediu ainda o apoio dos clubes de serviços, entidades de classe e associação de moradores para ajudar no combate à dengue. “Esse trabalho do Exército é ainda mais importante porque vai servir como demonstração para outros segmentos da sociedade se engajarem nessa luta”, ressaltou. Imóveis fechados Machado advertiu que o combate à dengue em Maceió é ainda mais difícil por causa do grande número de imóveis fechados e terrenos baldios. Ele elogiou a atitude da Câmara Municipal de Arapiraca, que aprovou no Código de Postura uma punição para os proprietários de terrenos e imóveis abandonados naquele município. As dificuldades de acesso a imóveis fechados também preocupam os secretários de Saúde de outros municípios, como Palmeira dos Índios, onde foram detectados 800 imóveis fechados. Em outros 400, os agentes de saúde estão sendo impedidos de entrar pelos próprios moradores. O comandante do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado, tenente-coronel Albérico Ramos, explicou que o trabalho dos soldados do Exército ficará limitado ao município de Maceió. E se houver necessidade de que eles atuem no Interior, será preciso uma autorização do Comando Militar do Nordeste, sediado em Recife. “Inicialmente nosso trabalho em Maceió vai durar três semanas. Se houver necessidade poderemos estudar a possibilidade de ficar mais alguns dias”. O Edifício D. Barroca, na Ponta Verde, foi o primeiro visitado pelo grupo de trabalho. As presenças da PM e do Exército são fatores considerados importantes para o acesso dos agentes às residências na orla marítima, tendo em vista ser o local onde há uma maior resistência das famílias ao trabalho educativo de combate ao mosquito aedes aegypti,. Mas, mesmo com a presença dos soldados do Exército, os agentes de saúde continuaram tendo dificuldades de acesso a alguns condomínios de luxo, na orla marítima de Maceió. Segundo a agente de Saúde Iranilda Mendonça, quando há resistência no acesso aos agentes de saúde no condomínio, o coordenador de equipe é acionado. “Nesse caso, o responsável pelo condomínio terá que dar, por escrito, um documento que não quer a presença dos agentes de saúde, que será entregue à Secretaria de Saúde.”

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