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Como membro do Movimento Mulheres em Luta, Elita Isabella acredita que em nosso Estado a cultura machista ainda se faz muito presente. Esses homens têm arraigada a ideia da mulher como objeto pertencente ao homem. Nas reuniões, ouvimos também o discurs
Por | Edição do dia 26/07/2015 - Matéria atualizada em 26/07/2015 às 00h00
Como membro do Movimento Mulheres em Luta, Elita Isabella acredita que em nosso Estado a cultura machista ainda se faz muito presente. Esses homens têm arraigada a ideia da mulher como objeto pertencente ao homem. Nas reuniões, ouvimos também o discurso de que a roupa que a mulher usa abre precedente para que ela seja abusada. Como se uma roupa curta ou decotada permitisse que a trabalhadora, negra, da periferia, fosse abusada, constrangia ou assediada, afirmou. Para a representante estadual do movimento, as mulheres são violentadas duplamente, pela prática dos encoxadores, que se aproveitam da superlotação dos ônibus para realizar o ato, e pela precariedade do transporte. No Dia da Mulher (8 de março), a executiva estadual do MML realizou panfletagem em Maceió e, dentre os assuntos divulgados, estava o abuso sofrido no transporte público e como a mulher não tem proteção dentro de ônibus e metrôs. O movimento luta juntamente com as mulheres trabalhadoras para denunciar, conscientizar e até implementar campanhas simbólicas, como a distribuição de alfinetes nas entradas das estações, com o lema: Não me encoxa que eu não te furo, realizada pela executiva de São Paulo.