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Nº 5759
Cidades

Popula��o pode ser a maior do Pa�s

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Por | Edição do dia 02/08/2015 - Matéria atualizada em 02/08/2015 às 00h00

Filus está mudando. Já tem escola, energia elétrica, água encanada e a estrada melhorou bastante. Na sala de criança, as crianças remanescentes quilombolas aprendem juntas o beabá, independentemente da cor da pele. Em meio à insolação da roça, a viagem para o Ambulatório de Oncologia Cutânea do Hospital Universitário surge como uma esperança de dias melhores. Pelo menos duas vezes por ano, os albinos se encontram com o cirurgião plástico Fernando Gomes, que os consulta minuciosamente. Se preciso, encaminha para o devido procedimento ou cirurgia. O médico explica que a prioridade deste ambulatório que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é o tratamento de tumores que atingem a pele e o vaso celular. Entre todos os pacientes, os albinos estão entre os casos com maior possibilidade de desenvolver a doença. “O albinismo é mais encontrado entre consanguíneos negros, e este grupo de Filus tem a particularidade de ser um dos maiores encontrados no País, se não for o maior”, informa. Entre os albinos, além dos tumores aparecerem, inclusive mais cedo do que o normal, há uma capacidade de multiplicação exacerbada. “Existe uma enzima, a tirosinase, que desenvolve uma resposta ao estímulo solar. Os albinos têm pouquíssimo dessa enzima ou não a têm. Eles também sofrem um fenômeno óculo-cutâneo, uma lesão ocular”, explica o médico e historiador.

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