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Nº 5759
Cidades

Exame em corpo � inconclusivo

“Meu filho acordou, sentou na cama e ficou um tempinho sentado. Depois se levantou, comeu alguma coisa e saiu pra rua. Depois voltou, falou comigo e foi simbora (sic). Foi a última vez que vi meu filho”, conta Maria José da Silva, de 57 anos, mãe do adole

Por | Edição do dia 15/08/2015 - Matéria atualizada em 15/08/2015 às 00h00

“Meu filho acordou, sentou na cama e ficou um tempinho sentado. Depois se levantou, comeu alguma coisa e saiu pra rua. Depois voltou, falou comigo e foi simbora (sic). Foi a última vez que vi meu filho”, conta Maria José da Silva, de 57 anos, mãe do adolescente Davi da Silva, 17 anos, desaparecido há quase um ano. A esperança de ainda encontrá-lo com vida está quase no fim, pois, no último sábado, 8, a polícia teria encontrado um corpo em avançado estado de decomposição, mas que ainda preservava algumas características, inclusive as vestimentas e a falta de alguns dentes, que foram os detalhes fundamentais para que Maria José reconhecesse que aquele era seu filho. Em entrevista coletiva concedida à imprensa ontem em sua residência, no Complexo do Benedito Bentes, Maria José afirmou que foi procurada pela polícia para analisar algumas fotos registradas por agentes da Perícia Oficial de Alagoas (POAL) do local onde o corpo foi encontrado para realizar a identificação. Ela esteve acompanhada do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL), Daniel Nunes. “Eles vieram aqui e trouxeram algumas fotos do corpo dele. Olhei para as pernas dele, que são muito parecidas com as do meu filho. A bermuda é igual a uma que ele tinha e eu nunca mais vi por aqui. Ele era ‘banguelo’ e ia colocar alguns dentes que estavam faltando”, afirmou, com lágrimas no rosto. Ainda segundo Maria José, ela não conseguiu dormir desde o dia que o possível corpo de seu filho foi encontrado. “Quero que a justiça de Jesus seja feita e que quem fez isso pague. Meu filho não merecia. Ele estava com as mãos amarradas pra trás, tava todo machucado. Nenhum bandido merece isso que fizeram”, afirmou chorando A assessoria da Perícia Oficial de Alagoas emitiu uma nota explicando que o primeiro exame realizado no corpo, o de necropapiloscopia, não foi conclusivo, e por isso não foi possível identificar se o material coletado seria de Davi da Silva.

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