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Nº 5759
Cidades

Sexo n�o se restringe � penetra��o

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Por | Edição do dia 16/08/2015 - Matéria atualizada em 16/08/2015 às 00h00

E por que ainda há tantos tabus quando o assunto é o sexo na terceira idade? O professor, psicólogo e terapeuta sexual Roberto Lopes Sales explica que o ser humano resiste em entender que sexualidade não se restringe à genitalidade, e que na velhice se comprova que o sexo restrito a uma penetração já não encontra ressonância corpórea. “Nosso corpo manifesta entendimento que tais respostas começam a amadurecer com a idade, onde carícias, beijos, afeto agora começam a oferecer sentido mais amplo no contato com o outro. Não estou querendo dizer que os desejos não existam. O que exponho é que nossas respostas tendem a modificar-se com a idade, e que, como amadurecemos em outras circunstâncias, na terceira idade também amadureceremos o corpo e a sintonia com este”, explica. Ele reforça que as pessoas tendem a valorizar a beleza do corpo em detrimento de outros valores mais nobres, esquecendo que o processo natural da vida é nascer, crescer e ficar velho depois. “A maioria esquece que o processo de envelhecer é natural desde nossa fecundação. Se compreendermos que fomos as crianças, somos os jovens e adultos e seremos os idosos do futuro, talvez houvesse uma maior amplitude no entendimento do outro e de suas fases. O belo em nossa sociedade associa-se ao novo, ao rígido, ao muscular, ao vigor físico. Enquanto o velho, ao roto, amassado, feio. Associação indevida, ineficaz e utópica. A utopia de beleza eterna jamais irá existir. Até porque o belo é mutável, transforma-se. O passado é só uma ideia em nossa mente que se registra em nosso corpo. Nossas rugas são registros fidedignos de nossa história. Isso é o belo”, acredita.

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