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Nº 5759
Cidades

Servidores em greve ocupam Reitoria da Ufal

Às 4 da manhã, a trincheira já estava montada. Arames farpados formavam uma espécie de cordão e impediam o acesso à sala onde ficam guardadas todas as chaves que abrem e fecham as unidades acadêmicas. Sem elas, não tinha como entrar para trabalhar. A aç

Por | Edição do dia 01/09/2015 - Matéria atualizada em 01/09/2015 às 00h00

Às 4 da manhã, a trincheira já estava montada. Arames farpados formavam uma espécie de cordão e impediam o acesso à sala onde ficam guardadas todas as chaves que abrem e fecham as unidades acadêmicas. Sem elas, não tinha como entrar para trabalhar. A ação foi a forma que os funcionários técnicos- administrativos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) encontraram para protestar contra a falta de negociação com o governo federal em relação às reivindicações da categoria, em greve desde o dia 28 de maio. Sem as chaves para abrir as portas, nem mesmo a Reitoria funcionou. Todos os serviços da Universidade, que ainda vinham sendo mantidos, pararam. Os servidores em greve se concentraram na entrada da reitoria, com panelas, comida e tudo o que precisavam para passar o dia todo no lugar. Este foi mais um entre tantos protestos que vêm fazendo desde que decidiram entrar em greve para tentar negociar com o governo federal uma pauta de reivindicações salariais e de preservação dos postos de trabalho, que consideram ameaçados em função da proposta de privatização de alguns serviços das universidades brasileiras. Com a greve dos docentes, a Ufal segue sem aulas e os alunos com “a mão na cabeça”, temerosos de perderem o ano letivo. “Queremos que o governo nos apresente uma proposta diferente do que vem oferecendo”, afirma Jeamerson Santos, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal). De acordo com ele, a greve atinge 70% a 80% da categoria, sendo mantidos apenas os serviços essenciais e os trabalhos de quem recebe função gratificada. Os trabalhadores administrativos, segundo Jeamerson Santos, querem 27,3% de reposição salarial; o governo federal oferece 21%, divididos em quatro anos. “Muito abaixo do valor da inflação”, ele diz.

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