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Nº 5759
Cidades

Alagoas � o Estado do Nordeste com maior vulnerabilidade social

O Atlas da Vulnerabilidade Social dos Municípios Brasileiros, lançado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revela que Alagoas é o Estado do Nordeste com maior vulnerabilidade. Mais de 96% de seus municípios têm situação de exclusão

Por | Edição do dia 02/09/2015 - Matéria atualizada em 02/09/2015 às 00h00

O Atlas da Vulnerabilidade Social dos Municípios Brasileiros, lançado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revela que Alagoas é o Estado do Nordeste com maior vulnerabilidade. Mais de 96% de seus municípios têm situação de exclusão social. Baseada em informações coletadas entre 2000 e 2010, a pesquisa mostra que o Brasil apresentava, em 2000, Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) igual a 9,446, destacando-se na faixa de alta vulnerabilidade. Uma década depois, o índice caiu para 0,326, na faixa de média vulnerabilidade. Quando analisados os 5.565 municípios brasileiros, constatou-se que o índice alto ou muito alto de município com elevada vulnerabilidade social caiu de 3.610 para 1.981. Houve, na década analisada, redução de 27% do IVS. O levantamento mostrou que as cidades brasileiras com baixa ou muito baixa vulnerabilidade subiram de 638, em 2000, para 2.326. O crescimento foi mais visível no Centro-Oeste, no Norte e no Nordeste (Sul da Bahia, Rio Grande do Norte e Leste de Pernambuco). 96,1% dos municípios alagoanos apresentam situações de exclusão social, de acordo com os 16 indicadores pesquisados e que norteiam a pesquisa do Ipea, centrada em três dimensões: infraestrutura urbana, capital humano e renda e trabalho. Os que mais evoluíram, de acordo com o Atlas, em cada uma das dimensões, foram o acesso ao serviço de coleta de lixo (infraestrutura urbana), queda da mortalidade infantil (capital humano), e a redução do trabalho informal (renda e trabalho). Atualmente, o serviço de coleta de lixo, por exemplo, abrange 98% da capital alagoana. Só não contempla a cidade toda porque os profissionais da coleta têm dificuldade de acesso a algumas grotas, segundo a Superintendência Municipal de Limpeza (Slum). Conforme evidencia a pesquisa, a taxa de mortalidade infantil, que era, em 2000, de 58,4 para cada 1.000 nascidos vivos, despencou para 20,05, dez anos depois. “Houve redução dessa taxa em todo o País”, reforçou Cristina Rocha, superintendente de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

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