Campanha incentiva a doa��o de �rg�os
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Por | Edição do dia 10/09/2015 - Matéria atualizada em 10/09/2015 às 00h00
Com diagnóstico de cerotocone (doença em que, por conta de modificações na córnea, a visão vai ficando distorcida), o gerente comercial Carlos Henrique Cardoso passou boa parte dos seus 32 anos angustiado com a possibilidade de ficar cego. A preocupação acabou em fevereiro do ano passado, quando fez cirurgia de transplante de córnea. Um ano e sete meses depois, sua vida mudou e, como ele próprio diz, pode ver o mundo sem transtornos. Já disse à minha esposa que, se eu morrer primeiro, ela pode doar tudo o que for possível em mim, afirmou Carlos Henrique, ontem, ao defender a campanha Setembro Verde, criada para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. O transplante, ressaltam os idealizadores, tem salvado milhares de vidas no Brasil. A Central de Transplantes de Alagoas programou diversas ações, que vão de palestras e distribuição de panfletos informativos a uma mobilização na Avenida Sílvio Vianna, conhecida como Rua Fechada, no bairro de Ponta Verde, marcada para o dia 27 próximo. Outra forma de chamar a atenção da população foi iluminar, com a cor- símbolo da campanha, os memoriais à República, no bairro de Jaraguá, e Teotônio Vilela, na Pajuçara. Queremos conscientizar a população sobre o processo de doação e construir em todos a vontade de doar, disse Claudete Maria Balzan, coordenadora de enfermagem da Organização de Procura de Órgãos (OPO). A OPO é um organismo do Ministério da Saúde, responsável por organizar e apoiar as atividades relacionadas ao processo de doação de órgãos e tecidos. Este ano, o Setembro Verde tem como tema Sou doador, e minha família sabe. O objetivo, esclarece Claudete Balzan, é assegurar que, diante da fatalidade, as famílias concordem com a doação, mesmo que o doador não tenha deixado essa vontade escrita ou registrada oficialmente.