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Nº 5759
Cidades

Greve na Ufal prejudica estudantes

Desde criança, Taís Gusmão, 22 anos, sonha em ser odontóloga. Estava a um passo de realizar o que almeja, quando foi surpreendida pelo que hoje se transformou em um pesadelo para o início da carreira: a greve de docentes e servidores administrativos da Un

Por | Edição do dia 11/09/2015 - Matéria atualizada em 11/09/2015 às 00h00

Desde criança, Taís Gusmão, 22 anos, sonha em ser odontóloga. Estava a um passo de realizar o que almeja, quando foi surpreendida pelo que hoje se transformou em um pesadelo para o início da carreira: a greve de docentes e servidores administrativos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), iniciada em maio e que não tem nem sinal de acabar. Vestido de formatura comprado, beca prontíssima para o dia da colação de grau e até as tradicionais fotos produzidas. Não faltava nada para a festa, até que a greve começou e, com ela, a angústia de quem conta nos dedos os dias para se tornar profissional graduado. Taís é mais uma na lista dos estudantes universitários a viver a angústia que parecia ser breve, no entanto só aumenta à medida que o tempo passa e grevistas e governo federal não chegam a um acordo em relação às reivindicações das categorias. Aluna do 9º período do curso de Odontologia, Taís Gusmão estava concluindo as três últimas disciplinas para seguir ao estágio obrigatório, que corresponde ao 10º e último período do curso. Começaria em agosto e em fevereiro, após a colação de grau, participaria da festa de formatura. Vai ter que esperar. “Se não fosse a greve, estaria agora atendendo no interior de Alagoas e no Hospital Geral do Estado [HGE], onde a gente faz estágio”, afirma Taís. Os estagiários trabalham sob a supervisão de professores e, na área de saúde, levam atendimento principalmente à população carente. O mesmo temor que acompanha vários outros estudantes, é o que amedronta Taís ao pensar no risco de perder o semestre letivo. Sempre existem boatos de que a gente pode perder o semestre por causa da greve. O pior é que não podemos iniciar uma pós-graduação. Tem pessoas que iriam fazer mestrado, mas não podem porque não concluíram o curso”, diz.

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