Cidades
Servi�os prestados podem ter prazo de transi��o

O governador Ronaldo Lessa se reuniu, ontem, no fim da tarde, no Palácio Floriano Peixoto, com uma comissão de representantes do Ministério da Saúde e do Ministério do Trabalho, para ouvir as propostas que poderão ser adotadas para minimizar a situação dos serviços prestados da saúde. Pela proposta apresentada ao governador, será criada uma comissão com representantes dos ministérios da Saúde e do Trabalho, além do governo do Estado, para avaliar a situação dos que não tiveram condições de passar no concurso. Além disso, será concedido um período de transição entre os atuais funcionários e os aprovados, para garantir a qualidade dos serviços da saúde. A secretária de Gestão de Trabalho do Ministério da Saúde, Maria Luíza Jaeger, declarou que o problema da contratação irregular não é só de Alagoas e que a posição do governo Lula é de que a entrada no serviço público só poderá ser feita mediante concurso. São mais de 36 mil pessoas inscritas no concurso, que deverá ser realizado neste fim de semana, frisou. O consultor jurídico do Ministério do Trabalho, Otávio Brito Lopes, informou que antes da reunião com o governador foi realizado um encontro preparatório durante o início da tarde, na Secretaria de Administração, de onde foram tiradas as propostas. O governador Ronaldo Lessa declarou que o desemprego não é solução para nenhum tipo de problema. Minha meta é abrir postos de trabalho para esse pessoal, mas tudo terá de ser feito dentro da lei. Sou contra a realização de concurso para as categorias que não necessitam de especificação técnica, como servente, serviçal, cozinheira, entre outros. Por mim, optaria pelos que já estão atuando nessas áreas, afirmou Lessa. Ele concorda que precisa haver uma forma de garantir a permanência das pessoas que já estão qualificadas para o trabalho. Pode ser por intermédio da terceirização de serviços. O que eu puder fazer para amparar esse pessoal legalmente, farei, salientou. Superlotação A paralisação das atividades dos prestadores de serviço na área da saúde não está provocando transtornos apenas na Unidade de Emergência em Maceió. Outros hospitais públicos, como a Maternidade Santa Mônica, Portugal Ramalho e José Carneiro, que detêm maior número de funcionários nessas condições, começam a ter problemas para realizar o atendimento aos pacientes. No José Carneiro o atendimento, ontem, estava tumultuado. Os pacientes tiveram que esperar muito tempo para conseguir acesso a informações e marcação de consultas. A espera pela consulta fez lotar os corredores do hospital que atende a população de Maceió e de outras cidades.