Estado comemora Emancipa��o
A paralisação das atividades em diversos segmentos produtivos, nesta quarta-feira, data da Emancipação Política de Alagoas, faz-nos lembrar que a ruptura com Pernambuco, no século 17, resultou de punição aplicada pela Coroa Portuguesa aos que disseminav
Por | Edição do dia 16/09/2015 - Matéria atualizada em 16/09/2015 às 00h00
A paralisação das atividades em diversos segmentos produtivos, nesta quarta-feira, data da Emancipação Política de Alagoas, faz-nos lembrar que a ruptura com Pernambuco, no século 17, resultou de punição aplicada pela Coroa Portuguesa aos que disseminavam ideais republicanos em parte do território da então capitania hereditária. A ruptura do território da capitania com a consequente divisão e criação do que seria, alguns anos depois, o Estado de Alagoas é fruto da punição que o reino português aplicou aos que já respiravam ares republicanos, comenta o historiador Cláudio Jorge Gomes de Morais, mestre em História e professor do Centro Universitário Cesmac, em Maceió. Pernambucano, graduado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mas radicado em Alagoas há mais de uma década, o professor lembra que o jeito alagoano de ser e de viver ainda é reflexo da lógica colonial vigente quando da divisão do território pernambucano. A herança colonial continua presente na vida social de Alagoas. Ainda são muitos os resquícios daquela época em que a estrutura de poder estava atrelada à questão latifundiária, reforça o historiador, enfatizando que a plena emancipação ainda não saiu do papel, da intenção. A plena emancipação resulta de uma sociedade sem opressão política e com plenitude da consciência de classe, disse. Conscientes ou não dos fatos políticos que garantiram, 198 anos atrás, nossa independência do domínio pernambucano, estudantes de escolas públicas e particulares do Estado marcam presença no estádio batizado com nome de um monarca do futebol, o Rei Pelé, e abrilhantam o tradicional desfile do 16 de setembro.