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Nº 5759
Cidades

Mau cheiro e contamina��o deixam popula��o doente

De acordo com o comerciante, a vizinhança sempre reclama de doenças que são transmitidas pelo Aedes. “Aqui, muita gente fala que teve dengue, alguns tiveram zika e outros apresentaram outras moléstias. Infelizmente, tive que morar aqui e tenho que convive

Por | Edição do dia 21/02/2016 - Matéria atualizada em 21/02/2016 às 00h00

De acordo com o comerciante, a vizinhança sempre reclama de doenças que são transmitidas pelo Aedes. “Aqui, muita gente fala que teve dengue, alguns tiveram zika e outros apresentaram outras moléstias. Infelizmente, tive que morar aqui e tenho que conviver com este esgoto na porta da minha casa. Não é nada fácil ter que abrir a porta da sua residência e sentir este fedor o tempo inteiro”, comenta. Alguns passos mais à frente, a aposentada Edite da Conceição parecia desconsolada e acostumada ao mau cheiro proveniente do canal. Sentada em uma cadeira bem ao lado do esgoto e com um olhar sem direção, ela até se assustou com a aproximação da reportagem da Gazeta. Disse que mora sozinha na localidade há cinco anos e confessa que só vive doente. Atribui o seu estado de saúde frágil à falta de saneamento do bairro. “Fazer o quê, se eu tenho que morar aqui diante deste esgoto? Tenho problemas sérios de saúde, minha casa vive infestada de mosquitos e eu fico sem saber como agir”, relata a idosa, que tem 68 anos de idade. Já no Dique-Estrada, às margens da Lagoa Mundaú, vários barracos se espremem. São famílias inteiras que não têm a mínima estrutura de higiene e de saneamento básico para uma vida digna. É o caso da aposentada Maria Cícera da Conceição, de 75 anos. Ela morava no bairro do Bom Parto, sozinha, e em um imóvel alugado. A pedido dos parentes, ergueu um barraco próximo e vai tentar viver seus dias ali. “Mau cheiro é grande, mosquitos também têm muitos. Mas eu não posso morar de aluguel agora e preferi vir morar perto dos meus filhos e netos. Tenho que conviver com o esgoto, mas, pelo menos, estou junto da minha família”, diz a aposentada, falante, sempre com um sorriso no rosto. Ela diz que é forte e que doença alguma lhe atinge. “Aqui não vou ficar doente”, prevê. A neta dela, Jéssica, disse que apesar do local ser inadequado, tem uma vida feliz.

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