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Nº 5759
Cidades

An�ncio de leil�o gera tens�o

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Por | Edição do dia 24/02/2016 - Matéria atualizada em 24/02/2016 às 00h00

Depois do Mercado do Artesanato, situado no bairro da Levada, em Maceió, quase ter sido leiloado, outro mercado da cidade passa pelo mesmo risco. Desta vez, o tradicional Mercado de Jaraguá pode ir a leilão para quitar uma dívida do governo do Estado, conforme determinação da Justiça Federal. De acordo com a execução fiscal proferida, na última segunda-feira, 22, pelo juiz da 5ª Vara Federal, José Donato de Araújo Neto, o prédio onde hoje funciona o Mercado de Jaraguá pertence à Companhia Alagoana de Recursos Humanos e Patrimoniais (Carhp), órgão do Estado de Alagoas, e foi penhorado por débito à Fazenda Nacional. A dívida cobrada pela Fazenda Nacional corresponde ao valor de R$ 330 mil, enquanto o prédio foi avaliado em R$ 2,8 milhões. Os permissionários do mercado foram pegos de surpresa diante da possibilidade do prédio ser leiloado. José Carlos Costa e sua mãe administram um dos pontos de comércio do Mercado de Jaraguá, há 18 anos, e ficaram muito preocupados com a notícia. “Soubemos da dívida e da determinação de leilão e ficamos muito assustados, porque não são apenas os donos dos pontos que vão ficar no prejuízo. No nosso restaurante são quatro funcionários, ou seja, quatro famílias que dependem daqui, além da minha. Estamos rezando para que esse leilão não se torne realidade”, declarou o homem. A comerciante Teresa Maria da Silva também reclamou. “Tenho meu restaurante há 16 anos e estou muito preocupada porque nós pagamos 500 reais de taxa todo mês, fora meus quatro funcionários. Essa é a minha única fonte de renda. Eu dependo disso aqui para viver”, declarou a mulher. Embora seja de propriedade do Estado, o prédio está cedido à Prefeitura de Maceió. Segundo o administrador do mercado, José Carlos Cavalcante, o grupo dos 47 permissionários acionou o advogado que os representa, Raimundo Cabral. “O advogado vai entrar com um pedido de cancelamento e vai solicitar que outro prédio seja cedido como garantia de pagamento da dívida, e não esse, que serve de sustento para cerca de 200 pessoas, somando as famílias dos permissionários, funcionários e fornecedores”, explicou.

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