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Nº 5759
Cidades

Crescem den�ncias por erro m�dico

Duas sentenças judiciais proferidas este mês em Alagoas mostram que a Justiça é o caminho que a população percorre para ver reparado um erro médico. Além de denunciar o profissional ao Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), as vítimas buscam a

Por | Edição do dia 28/02/2016 - Matéria atualizada em 28/02/2016 às 00h00

Duas sentenças judiciais proferidas este mês em Alagoas mostram que a Justiça é o caminho que a população percorre para ver reparado um erro médico. Além de denunciar o profissional ao Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), as vítimas buscam a punição criminal do acusado e reparos por danos físicos e morais. No último dia 19, um cirurgião-dentista de Arapiraca foi condenado pela 3ª Câmara Cível, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), a pagar indenização de R$ 10 mil por danos morais à família de um paciente que teria morrido por conta de erro médico, em 2007. Pela decisão do juiz Maurício César Brêda, a viúva também deverá receber pensão, no valor de meio salário mínimo, relativo aos meses de junho de 2007 a junho de 2010. Segundo os autos do processo, ferido no rosto, o paciente foi levado para a Unidade de Emergência (UE) do Agreste. O cirurgião-dentista que fez o atendimento suturou o corte e lhe deu alta. Alguns dias depois, ele voltou ao hospital, com suspeita de tétano. A doença foi confirmada. A família acusou o cirurgião-dentista de negligência e omissão. Ele contestou as acusações, afirmando que seguiu todos os procedimentos no atendimento ao paciente. Mas, conforme o entendimento do juiz, faltou ao profissional de saúde o cuidado de averiguar a possibilidade de a vítima, com um corte no rosto, contrair tétano. A segunda decisão do TJ-AL condena o Estado a pagar R$ 100 mil, por danos morais, além de indenização por danos materiais, a um paciente que ficou com sequelas após ser vítima de erro médico na mesma UE Agreste. Divulgada no último dia 25, a decisão é do juiz Giovanni Alfredo de Oliveira Jatubá, da 4ª Vara Cível de Arapiraca. Tudo começou em fevereiro de 2007, quando, atingida por três disparos de arma de fogo durante um assalto, a vítima foi levada para a UE. Uma junta médica constatou que dois projéteis atravessaram seu abdômen e o terceiro se alojara na coxa esquerda, sem quebrar nenhum osso. A conclusão é que seria desnecessário retirar essa bala. Quando finalmente recebeu alta médica, o paciente foi informado de que voltaria a andar em trinta dias. Passados quase dois meses, começou a sentir dores fortes. Exames feitos num hospital da rede particular revelaram que o paciente estava com fratura no fêmur. Um ano depois, teve que passar por mais uma cirurgia, desta vez para implante de prótese total do quadril esquerdo, o que o transformou em deficiente físico.

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