Proibi��o deve proteger esp�cies
Uma resolução aprovada pelo Conselho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram/AL) proíbe a pesca de rede, o chamado arrastão, no trecho de praia entre o antigo Alagoinhas, na Pajuçara, e o Porto de Maceió, no bairro de Jaraguá. Ontem, ao confirmar a medida,
Por | Edição do dia 05/03/2016 - Matéria atualizada em 05/03/2016 às 00h00
Uma resolução aprovada pelo Conselho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram/AL) proíbe a pesca de rede, o chamado arrastão, no trecho de praia entre o antigo Alagoinhas, na Pajuçara, e o Porto de Maceió, no bairro de Jaraguá. Ontem, ao confirmar a medida, o coordenador de gerenciamento costeiro do Instituto do Meio Ambiente (IMA), biólogo Ricardo César Oliveira, explicou que o objetivo é impedir a pesca predatória, que vem destruindo algas, pequenos peixes, crustáceos (siris e camarões), moluscos, estrelas e ouriços, naquela área. Ele revelou ainda que, havendo necessidade, a proibição pode se estender a outros trechos do litoral de Maceió. Segundo Ricardo César, a pesca de linha não está incluída na resolução do Cepram. O biólogo explica que a destruição das espécies foi comprovada em estudos que o IMA desenvolve há cerca de 10 anos, em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O tipo de pesca que estamos proibindo vinha provocando impacto significativo naquela região, um importante banco de reprodução de várias espécies. Observamos que quem fazia só se aproveitava de 10% do que era arrastado pela rede. O restante eram espécies bem jovens que, fora de seu ambiente, morriam, explica o coordenador. Com a proibição, esses organismos, inclusive espécies ameaçadas, estarão protegidos, depois de décadas de ação predatória.