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Fam�lia gigante: reuni�o s� � poss�vel num clube

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FÁTIMA VASCONCELLOS Família numerosa, hoje, é coisa rara. Mas até antes de meados da década de 70, a média de filhos era de 13, sendo que pelo menos quatro morriam ainda criança, devido à precariedade das condições sociais. Um dos exemplos remanescentes da tradição de prole numerosa, em Alagoas, vem de José Alves e Amélia Rocha Alves, de Major Isidoro. O casal já faleceu mas deixou 16 filhos que continuaram a história dos pais. Todos tiveram, em média, 9 filhos. A terceira geração, por sua vez, embora tenha sido mais cautelosa na procriação ainda teve, cada um, cerca de cinco filhos. Em síntese, atualmente, entre a primeira e a mais recente geração já são cerca de 200 pessoas na família. São os filhos de seu João e dona Amélia, os netos, bisnetos e tataranetos. As pessoas mais antigas da família estão com 89 e 85 anos de idade. São, respectivamente, dona Luzia e dona Rosário, ambas irmãs de seu José Alves. Elas vivem a emoção de ver a numerosa descendência do irmão José. De tão grande, a família precisa alugar um clube para se reunir. “É impossível juntar todo mundo numa de nossas casas. Por outro lado, a gente sente necessidade de se ver, conversar, festejar alguns momentos. No Natal, por exemplo, fizemos a confraternização na Chácara Santa Terezinha. Se a gente não fizer esses eventos, os novos membros da família perdem a chance de se conhecerem. Temos irmãos, tios e primos morando em quase todo o País. Tenho irmãos morando em São Paulo, Brasília, Rio, Bahia, enfim, foram sendo formadas outras ramificações fora de Alagoas. É preciso a gente promover eventos para que as novas gerações se aproximem e se conheçam”, diz Marilene de Albuquerque Alves. Confraternização Ela lembra que no ano passado foi muito interessante ver, na festa de confraternização, a forma de identificação de cada ramificação da família. “Os 16 filhos dos meus pais (José Alves e Amélia) usaram, cada um, uma cor de camisa. Os filhos, netos, noras e genros vestiram a mesma cor da farda oficial da festa. Assim, através de cada cor, ficou mais fácil saber quem era descendente de quem,” esclarece Marilene. Roseli Alves, outra filha de dona Amélia e seu José, acrescenta que entre os sobrinhos e primos de primeiro grau são 92 pessoas, só na ramificação gerada por Marilene. A própria Roseli já contribui com mais 22 agregados na família, entre seus filhos, netos, genros e noras. A família não esquece seu berço: o município de Major Isidoro. Lá, todo mundo conhece os Alves – eles são numerosos e apesar de alguns terem ido morar fora de Alagoas, sempre visitam a cidade natal. Além do mais, diversos membros da família residem no município. Aliás, o fundador da cidade, Ezequias da Rocha, era sobrinho do seu José Alves. Roseli e Marilene explicam que hoje, apesar de as pessoas terem poucos filhos, falta harmonia. “No mundo moderno os casais têm apenas dois filhos e os problemas são enormes. Há violência, discórdia que culmina com morte entre irmãos, tios e até de pai para filho, mãe para filho e vice-versa. O fato de a família ter sido reduzida não trouxe mais tempo para o afeto. No nosso caso, somos muitos, mas não falta afetividade. Como em qualquer relacionamento, todo mundo se desentende, às vezes, mas sem rancor. Nossos pais transmitiram o carinho como lição de vida, por isso até hoje passamos essa mensagem às novas gerações”, concluíram as irmãs.

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