FÁBIA ASSUMPÇÃO Desde o século passado, a mulher vem conquistando cada vez mais espaços no mercado de trabalho. E isso vem se refletindo na mudança do perfil dos chefes de famílias, que passam a ser cada vez mais comandados por mulheres. O último dado estatístico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou um crescimento de aproximadamente 38% na proporção de famílias cujas pessoas responsáveis são do sexo feminino, passando esse contingente de 18,1% em 1991 para 24,9% do total de domicílios. Alagoas ocupa a sexta posição entre os Estados nordestinos em número de domicílios comandados por mulheres: 162.440. Existem mais famílias sobre a responsabilidade de mulheres em Alagoas, do que no Rio Grande do Norte (158 mil domicílios), Piauí (152 mil) e Sergipe (122 mil). Novo perfil Em relação a outras regiões do País, as mulheres alagoanas que chefiam famílias superam as de Tocantins (59 mil domicílios); Mato Grosso (125 mil ); Roraima (17 mil) e Amazonas (154 mil). A socióloga e professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Belmira Magalhães afirma que esse novo perfil da família, que passa a ser comandada por mulheres, começou a partir da revolução feminina nos anos 60, que dá início à discussão sobre a relação do homem e da mulher. “A mulher nunca deixou de trabalhar. Só que, até então, havia uma escala de trabalho e a maioria das que estavam no mercado de trabalho era de solteiras”.