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Nº 5759
Cidades

Depend�ncia financeira gera o sil�ncio ap�s as agress�es

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Por | Edição do dia 08/03/2002 - Matéria atualizada em 08/03/2002 às 00h00

A estatística da Delegacia da Mulher esconde uma realidade muito pior, uma vez que muitas mulheres se recusam a denunciar seus agressores, afirma a delegada especial da Mulher, Maria Aparecida. “O problema é que muitas mulheres retiram a queixa contra seus agressores, porque muitas delas dependem financeiramente deles para viver”, salienta a delegada Maria Aparecida. Acostumada a conviver com os casos mais diferentes na delegacia, ela ainda se surpreende com a atitude de algumas mulheres em defender seus companheiros. Foi o caso da dona de casa Josineide Elias da Silva que não admite que o companheiro, José Paixão Paiva dos Santos, 32 anos, tenha tentado molestar sexualmente sua filha R.E.S., de apenas oito anos. Paixão foi autuado em flagrante no último dia 4 de março, depois de ter sido denunciado por vizinhos de Josileide, e encontra-se detido na Delegacia Especial da Mulher, por atentado violento ao pudor. Ele alega inocência, afirmando que jamais molestou a enteada, e vem recebendo o apoio da companheira. Além do medo da maioria das mulheres em denunciar seus agressores, as condições de funcionamento da Delegacia Especial da Mulher dificultam ainda mais que os casos de violência contra elas sejam registrados. Há mais de um ano, a delegacia funciona nos fundos da Central Integrada de Apoio Policial ao Cidadão (CIAPC), na Avenida Fernandes Lima. O governo do Estado promete dar início em 30 dias à construção de uma nova sede para a delegacia, a única que funciona em Alagoas.

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