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Nº 5822
Cidades

Trabalhadora rural quer mais sa�de e registro

Trabalhadoras rurais ligadas aos movimentos sociais da Comissão da Pastoral da Terra (CPT), do MST e Articulação do Movimento Nacional de Mulheres estão acampadas em barracas de lona, na Praça dos Martírios, em frente ao Palácio do Governo, desde o último

Por | Edição do dia 08/03/2002 - Matéria atualizada em 08/03/2002 às 00h00

Trabalhadoras rurais ligadas aos movimentos sociais da Comissão da Pastoral da Terra (CPT), do MST e Articulação do Movimento Nacional de Mulheres estão acampadas em barracas de lona, na Praça dos Martírios, em frente ao Palácio do Governo, desde o último dia 6, para reivindicar do governador direitos básicos, como registro de nascimento para as mulheres do campo, neste Dia Internacional da Mulher. Segundo Cícera Menezes, missionária da Pastoral da Terra, a pauta de reivindiçações entregue ontem ao governador Ronaldo Lessa contém principalmente três apelos básicos: regularização da documentação da mulher, salário-maternidade e sistema de saúde. “Algumas mulheres não têm nem certidão de nascimento, mas possuem título de eleitor para votar no político A ou B que distribui anticoncepcionais, cremes vaginais etc., que deveriam ser encontrados nos postos médicos de cada cidade, não com gente ligada ao prefeito”, ressaltou. A presidente da Articulação Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais, Terezinha Maria da Conceição, afirmou que a conscientização e a luta pelos direitos da mulher chegaram ao campo, mas que ainda há muito por fazer para mudar o clima machista predominante. “Os homens dominam os fundos de quintais devido à condição social, ao grau de escolaridade e à herança cultural patriarcal”, disse a presidenta. O acampamento recebeu o nome de Margarida Alves, sindicalista ligada ao movimento da mulher do interior da Paraíba, assassinada há 18 anos. “Os homens do campo têm consciência de seus direitos como agricultores rurais, mas ignoram o direito de suas companheiras”, relatou Terezinha Maria.

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