Cidades
Trocas e vendas virtuais viram tend�ncia

Os brechós evoluíram tanto que se transmutaram em novos espaços. Agora, os grupos em redes sociais e aplicativos específicos para o chamado desapego de coisas usadas ou que nunca serviram para o proprietário se espalharam pela internet. Aqui no Estado, um grupo de brechó idealizado pela alagoana Anyce Moreira já conta com 45.620 membros dispostos a trocar, vender e comprar as peças de vestuário. A proprietária do grupo Bazar Mulher Maceió, existente há quatro anos, confessa ser um pouco apegada às coisas. Ela viu no grupo uma forma de poder trocar e vender as peças. ?Estava com um pouco de receio de entregar as peças para doação. Aí, surgiu a ideia de criar o grupo?, relembra. Os principais produtos comercializados no grupo são peças de academia. Anyce acredita que as mulheres não se contentam facilmente com o que têm e precisam sempre ter coisas novas. ?Tem muita gente fazendo isso porque as pessoas ficam com as roupas acumuladas, usam a roupa uma ou duas vezes e querem se desfazer?, afirma. Na avaliação da comerciante, a vontade de se desfazer de peças utilizadas uma única vez explica o sucesso deste tipo de transação. ?Comprei um vestido. Usei uma vez em um casamento. A meu ver, essa peça não serve mais. Então, o que a gente faz? Colocar para vender por um preço mais acessível. Tem muita gente que compra?, justifica. As negociações são feitas pela internet e as trocas combinadas são efetivadas em locais públicos, como shopping centers. ?As meninas vão divulgar as suas coisas, muitas vendem coisas novas também. O grupo atualmente tem 45 mil pessoas e cresce a cada dia, todos os dias adiciono cerca de 200 pessoas. A maioria dos membros são do Estado?, analisa. * Sob supervisão da editoria de Cidades.