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quarta-feira, 30/07/2025 | Ano | Nº 6021
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Taxistas param contra ‘concorr�ncia desleal’

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Ontem foi dia de protestos organizados por taxistas, em Maceió. O objetivo é chamar a atenção de autoridades para a queda do número de corridas que, segundo eles, acentuou-se após a chegada do aplicativo Uber à capital. Pela manhã, cerca de 200 motoristas se concentraram no estacionamento de Jaraguá. No início da tarde, o grupo bloqueou a Avenida Durval de Góes Monteiro, em frente à sede da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), e somente saiu do local após reunir-se com gestores do órgão. O protesto não foi convocado pelo Sindicato dos Taxistas do Estado de Alagoas (Sintáxi/AL), e sim pelo grupo ?União dos Taxistas?, que reivindica a isenção de impostos para a categoria até que seja resolvido o impasse sobre a regulamentação e leis em relação ao Uber, e a liberação do táxi-lotação para que o motorista possa concorrer com o transporte coletivo. ?Queremos igualdade de condições. A gente precisa competir com o mototáxi, os ilegais, o transporte lotação, além de novos aplicativos que pretendem se instalar no Estado. Do jeito que vai, a nossa profissão está impraticável?, disse o coordenador do protesto, Divanildo Ramos. Os taxistas estimam queda de cerca de 60% no faturamento com a chegada do Uber, e a tendência é que isso se agrave com outros aplicativos que devem chegar à capital este ano. ?Já estão sendo anunciados outros aplicativos, entre eles, um destinado apenas ao transporte de mulheres. Precisamos saber quem regulamenta esses motoristas. A SMTT parece estar de mãos atadas e não podemos esperar a situação ficar ainda pior sem fazer nada?, conta o taxista Ailton Lima. Para a União dos Taxistas, a quantidade de impostos pagos pela categoria torna a competição desleal. De acordo com os documentos apresentados, atualmente, os 3.200 taxistas regulamentados pagam, juntos, cerca de R$ 383.640,00 de taxas. E cada um paga, individualmente, uma taxa obrigatória ao INSS de R$1.236,84 anualmente, além de outros custos como a inspeção do Inmetro nos taxímetros, que soma um total de R$ 155.880,00 anuais. ?Há também a dificuldade em colocar um táxi para rodar em Maceió, passamos até dois meses apenas correndo atrás de documentação e pagando taxas. Aí vem esse aplicativo, tornando tudo ainda mais difícil?, afirma o taxista Luciano Oliveira. Em contato com o presidente do Sintáxi/AL, Ubiracy Corrreia, a Gazeta foi informada de que o protesto não foi organizado pelo sindicato. Ele explica que a categoria deve aguardar resposta da SMTT. ?Estivemos em reunião com o superintendente da SMTT, Antônio Moura, que pediu um prazo até a próxima terça-feira para nos dar uma posição do que poderá ser feito em relação a esse impasse que estamos passando. Não faz sentido fazer qualquer ato até lá?, explica. * Sob supervisão da editoria de Cidades.

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