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quinta-feira, 26/06/2025 | Ano | Nº 5997
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Diab�ticos enfrentam via-crucis

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Pacientes que sofrem com diabetes estão com dificuldade para manter o tratamento. Os medicamentos, que são os únicos que ajudam a retardar a progressão da enfermidade, que não tem cura, deveriam ser fornecidos gratuitamente pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), a antiga Farmácia de Medicamentos Excepcionais (Farmex), mas está em falta há meses e não há previsão para a chegada das insulinas a Alagoas. Com a rotina prejudicada, os pacientes relatam momentos de tensão. A moradora do bairro do bairro Santa Lúcia, localizado na parte alta de Maceió, Jhulya Jessica de Lima Costa, de 25 anos, é diabética há 5 anos, e conta que utiliza dois tipos de insulina, a Lantus e a Novorapid. Desde o ano passado, está enfrentando dificuldades para obter o medicamento. ?Há um ano, a insulina Lantus estava em falta e só tinha a Novorapid, que eu recebia. Agora, eu recebo apenas a Lantus e a outra, Novorapid, preciso comprar. Ou seja, eu tenho arcado com esse custo a mais no meu orçamento que já é limitado. Porém, é um dilema porque eu preciso dessas duas insulinas para manter meu tratamento, tendo em vista que uma é de ação rápida e a outra é lenta?, desabafou Jhulya Jessica de Lima Costa. Já Kelly Lourenço, que tem o filho de 11 anos com diabetes, relata que as dificuldades enfrentadas são duplamente difíceis porque, além do medicamento, os insumos estão em falta. ?Estou sem receber a bomba de insulina há três meses. A agulha não tem. É um processo longo, quando não falta um medicamento, falta um insumo. Desde outubro que eu venho enfrentando uma batalha judicial para poder obter o medicamento por meio da justiça. Então, desde o ano passado que eu venho comprando porque não tem a medicação e os insumos para controlar a diabetes. Eu coloquei no papel e, em média, gasto R$ 1.500 por mês?, contou Kelly Lourenço. Ela questiona, ainda, o fato da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) pedir muitos documentos, a cada três meses, aproximadamente, sendo que toda essa papelada, segundo afirma a mãe do paciente, ?é desnecessária porque a diabetes não tem cura?. ?Toda semana eu vou até a antiga Farmex para saber se o medicamento e as fitas chegaram. Agora, para dificultar, eles estão exigindo exames e para quem não tem plano, o processo é demorado para obter os resultados?, concluiu Kelly Lourenço. Em contrapartida, a Sesau informou que a demanda da documentação é uma exigência do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde, que exige os exames para poder analisar se o paciente apresenta evolução ou não para que a medicação seja distribuída de forma adequada.

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