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Nº 5759
Cidades

Nova dirigente do Cedim condena viol�ncia na TV

A questão da violência contra a mulher passa pela inversão de valores da sociedade, incentivada pelos meios de comunicação que cultuam a violência em vez de educar. A opinião é da recém-eleita presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mul

Por | Edição do dia 09/03/2002 - Matéria atualizada em 09/03/2002 às 00h00

A questão da violência contra a mulher passa pela inversão de valores da sociedade, incentivada pelos meios de comunicação que cultuam a violência em vez de educar. A opinião é da recém-eleita presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher, Verônica Lyra. Segundo ela, no momento em que um homem pratica violência contra a mulher, seja por qualquer motivo, ele também passa a ser violentado. Por isso, ela considera que o número crescente da violência contra homens e mulheres deve-se ao “bombardeamento” diário, principalmente da televisão. A questão econômica também provoca mudanças nas relações sociais, de acordo com a presidenta do Cedim. Verônica Lyra, que irá definir na segunda-feira o dia da posse da nova diretoria do Cedim, afirmou ainda que as entidades que tratam da defesa das mulheres não dispõem de dados suficientes para medir o nível de violência. “Ocorre que o número de denúncias ainda é pequeno, diante da quantidade de casos verificados diariamente, mas que não chegam ao conhecimento da polícia”, diz. Segundo ela, são as mulheres da classe pobre que procuram as delegacias especializadas para formalizar as denúncias contra os maridos ou namorados. “Isso acontece porque essas mulheres não têm medo de se expor, ao contrário das pertencentes às outras classes, que evitam fazer qualquer tipo de denúncia sobre a violência sofrida”.

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