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Nº 2
Cidades

Profiss�o de agente funer�rio cresceu junto com popula��o

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Por | Edição do dia 10/03/2002 - Matéria atualizada em 10/03/2002 às 00h00

José Erasmo Monte tem 65 anos, é agente administrativo aposentado do Estado e testemunha de histórias tristes e algumas engraçadas quando o IML funcionava ao lado da Santa Casa de Misericórdia (anos 70). Erasmo, como era mais conhecido, lembra que a situação da época não era muito diferente do atual momento. “O município não pagava funeral para ninguém. O prefeito não era mais Sandoval Caju. O número de funerárias era quase zero e a exploração dos papa-defuntos quase não era notada. Muita gente foi sepultada como indigente porque a família não teve dinheiro para comprar um caixão. Este é o lado triste da moeda. O alegre é que, quando morria uma tomador de cachaça, era uma farra e não podia ser diferente. Durante todo o trajeto, o defunto era lembrado e cantado em versos” , lembra com saudade Erasmo, que sobreviveu a três derrames cerebrais. Apesar do ramo de funerária ser considerado por alguns como pé frio, é dele que muitos comerciantes tiram o sustento de suas famílias, pagam seus funcionários e obrigações sociais, apesar de muita gente correr léguas dos batizados papa-defuntos que estão sempre de plantão, prontos para ganhar algum dinheiro com a morte de alguém. “Meu ramo é igual a outro. Muita gente não aceita é a morte. Mas eu sou profissional no ramo. Visto o defunto, coloco no caixão e espalho flores sobre o seu corpo. No fim, a família, apesar da tristeza, me paga pelo serviço”, explica o papa-defuntos José Américo de Oliveira, da cidade de Porto Calvo.

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