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Nº 5759
Cidades

Papa-defunto tira proveito financeiro de fam�lias

Ródio Nogueira Nem toda loja é desleal com o seu concorrente. Mas, ser desleal com o vizinho nunca foi novidade em Maceió. Muitas vezes o cidadão que se dirije para uma funerária para comprar um caixão é interceptado no meio do caminho e muda de rumo.

Por | Edição do dia 10/03/2002 - Matéria atualizada em 10/03/2002 às 00h00

Ródio Nogueira Nem toda loja é desleal com o seu concorrente. Mas, ser desleal com o vizinho nunca foi novidade em Maceió. Muitas vezes o cidadão que se dirije para uma funerária para comprar um caixão é interceptado no meio do caminho e muda de rumo. “Temos os melhores planos. Nossos caixões são os melhores, cuidamos de tudo”, é assim que alguns papa-defuntos se comportam. No entanto, a bem da verdade, este comportamento não é orientação do patrão. “É preciso ser criativo tendo que ser desleal para sobreviver, porque eu já tive muitos clientes tomado na cara-de-pau”, explica o agente funerário Severino Ferreira de Souza. As 24 horas do Instituto Médico Legal Estácio de Lima estão sob fiscalização ferrenha dos agentes funerários que a cada movimento procuram se informar. Num fim de semana agitado com muitos casos de óbitos é a mesma coisa que mexer em casa de abelha. Os papa-defuntos surgem de todos os pontos. Alguns chegam afirmando ser responsáveis pelos corpos de fulano, beltrano e sicrano. Na verdade, ele está mentindo, porque, segundo pessoas experientes do ramo, esta é uma das formas de se tentar levar os serviços de funeral para a loja onde ele trabalha. Por conta deste comportamento, alguns agentes foram ameaçados de prisão e mudaram de profissão.

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