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CEASA CONVIVE COM TRÁFICO DE DROGAS, ASSALTOS E PROSTITUIÇÃO

Nos mais de oito mil metros quadrados da Central de Abastecimento de Alagoas (Ceasa), órgão do Instituto de Desenvolvimento Rural e Abastecimento de Alagoas (Ideral), cinco mil pessoas que dependem, direta e indiretamente, dali andam assustadas com o crescimento de furtos, assaltos, tráfico de drogas e prostituição de menores dentro e fora do estabelecimento. Instalada no bairro da Forene, na parte alta e violenta de Maceió, onde organizações criminosas disputam o controle do tráfico, a presidência do Ideral e a direção da Ceasa adotam medidas ostensivas, preventivas e prometem obras para conter os ataques dos ladrões que pulam o muro para roubar atacadistas, feirantes e trabalhadores. Os crimes se multiplicam nas madrugadas de maior movimento de mercadorias e negócios: de segunda para terça-feira e de quarta para quinta-feira. Nestes dias chegam os alimentos para abastecer os mercados, feiras livres e estabelecimentos de Maceió e das cidades na região metropolitana. A pedido da administração da Ceasa, a Polícia Militar mantém homens num pequeno posto, faz rondas no entorno da central e desenvolve ações ostensivas na região. Além disso, um esquema de segurança privada ajuda, mas não consegue conter as ações dos bandidos. Por volta das 23 horas o movimento de negócio ?esquenta?. Os caminhões carregados de mercadorias entram e saem. Neste momento, começam a aparecer as adolescentes, algumas menores de 15 anos. Elas abordam caminhoneiros e comerciantes. Cobram a partir de R$ 10,00 por programa. As garotas são visivelmente pobres e dominadas por criminosos dos bairros próximos. Algumas chegam acompanhadas com jovens que intermedeiam programas com os caminhoneiros. Os trabalhadores braçais são assediados por traficantes de maconha e crack.