Cidades
Pol�cia Federal refor�a seguran�a em sua sede

RÓDIO NOGUEIRA Atendendo determinação do governador Ronaldo Lessa, agentes da Polícia Civil e do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar de Alagoas, estão reforçando a segurança do prédio da Polícia Federal (PF), no bairro de Jaraguá. Segundo o tenente-coronel PM Macedo, comandante do Bope, a meta é permanecer 24 horas a postos. Não posso revelar o número de policiais envolvidos na operação, pois é informação sigilosa. Mas posso garantir que o efetivo está pronto para reagir, caso ocorra uma tentativa de resgate do preso Luiz Fernando Costa, o Fernandinho Beira-Mar, garante. Apesar de a polícia não revelar o número, fontes não oficiais dizem que trabalham naquele local cerca de 40 homens. Os policiais foram acionados na noite de quinta-feira, por causa da chegada de Fernandinho Beira-Mar à capital alagoana. Um grupo especial fez uma varredura em toda a área onde está instalada a sede da Polícia Federal. Mas, segundo informações, nada de irregular foi encontrado. As famílias ali residentes não tiveram problema de acesso as suas casas. Alguns veículos foram parados e os motoristas revistados, por determinação policial. Luiz Fernando Costa, líder do Comando Vermelho, facção criminosa que domina o crime e o tráfico de drogas no Rio de Janeiro, está incomunicável em uma cela de segurança máxima. Ontem, ele se alimentou normalmente. Foi proibido o acesso de Beira-Mar a rádio, televisão, revistas e jornais. Segundo o assessor de comunicação Social da PF, Romildo Albuquerque, o traficante Beira-Mar é considerado um preso comum e não terá regalias. A alimentação vem de um restaurante conveniado com a PF. A custódia da Polícia Federal não deixa a desejar no fator segurança. O prédio tem pouco mais de um ano de construído. Tem celas de concreto, grades de ferro e cadeados, além de circuito fechado de televisão. Então, o preso está sendo monitorado, é observado a distância por vários federais. Logo, não existe a menor possibilidade de fuga, acredita Romildo Albuquerque. Luiz Fernando Costa, segundo policiais que têm acesso a ele, não sabe em qual Estado está preso. Ele teria agradecido a Deus por ter com quem conversar (um policial), depois de 40 dias confinado. Tem um tempo que eu não falo com ninguém. Gostaria de saber onde estou e para onde vou, teria dito Fernandinho Beira-Mar. Ele poderá tomar banho de sol durante a semana, mas os dias não foram definidos. /// Superintendente garante que fuga é impossível Luiz Fernando Costa, o megatraficante Fernandinho Beira- Mar, ocupa uma cela de segurança máxima na Polícia Federal (PF), em Maceió, segundo relata o superintendente da instituição, José Paulo Rubim Rodrigues. A PF tem sistema de segurança que não deixa a desejar a muitos presídios dotados deste sistema. Beira-Mar está isolado e sendo monitorado 24 horas pelo sistema de circuito interno. E tem mais, próximo dele vários federais observam sua movimentação. Então, fugir é tarefa impossível, garante. Ele disse que o preso não tem regalias. Mas que, a exemplo de outros, terá seus direitos respeitados, como tomar banho de sol, receber seus advogados, visitas de parentes e, se tiver problemas de saúde, atendimento médico. No entanto, não terá acesso a nenhum meio de comunicação. Quanto à alimentação, é a mesma servida para demais presos na Polícia Federal. Rubim disse que recebeu Fernandinho Beira-Mar por decisão do governo de Alagoas, da presidência da República e do Ministério da Justiça. Estou apenas cumprindo ordens de Brasília. Acredito que o fato de Maceió ser escolhida foi por que a nossa sede é nova e dotada de forte esquema de segurança. Aliás, quero reafirmar que Beira-Mar está muito seguro na custódia da Polícia Federal. Portando, a sociedade por ficar certa de que não corre nenhum risco, ressalta Rubim. Ele salientou, ainda, que manterá Beira-Mar na PF o período de tempo que ficou acertado em Brasília. Disse, também, que apesar de Maceió receber um preso considerado perigoso, o movimento, do ponto de vista de expediente na sede da PF, para o público, é normal. (RN)