Cidades
AL é o 5º no ranking de presídios superlotados

O Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) divulgado nessa sexta-feira, 8, pelo Ministério da Justiça, revela que Alagoas ocupa o quinto lugar no ranking nacional de superlotação dos presídios. No fim do primeiro semestre de 2016, 6.957 pessoas estavam detidas no Estado, cujo sistema prisional tem 2.845 vagas, ou seja, a capacidade havia sido excedida em 4.112. Nesse mesmo período, os dados apontam que apenas 2.588 (37,2%) presos já haviam sido julgados e condenados. Os outros 62,8% aguardavam a sentença do juiz encarcerados em caráter provisório. Em números absolutos, Alagoas ocupa o 21º lugar no que diz respeito à população prisional. O estado com a maior quantidade de pessoas presas é São Paulo, com 204.061. Das 6.957 pessoas que estavam presas em Alagoas, 6.561 eram homens e 396 mulheres. Esses dados fazem referência às pessoas que estavam privadas de liberdade tanto no sistema prisional quanto em carceragens de delegacias da capital e do interior. Quando os dados foram coletados, Alagoas possuía 9 unidades prisionais. O levantamento apontou também situações como a faixa etária dos presos. Em Alagoas, no período estudado, 31% deles tinham entre 25 e 29 anos; 29% estavam entre 18 e 24 anos, seguidos pelos presos com idades entre 30 e 34 anos, que representaram 18% da população carcerária. No que diz respeito aos dados referentes à raça, cor ou etnia, em Alagoas 80% dos presos são negros e 20%, brancos. No Estado, 48% dos presos tinham ensino fundamental incompleto, 23% eram analfabetos e 4% apresentavam ensino médio completo. Não houve registro de nenhum preso com ensino superior. E 51% das pessoas presas eram solteiras; em união estável ou casado, o número chegava a 21% para ambos. No que diz respeito ao número de pessoas com algum tipo de deficiência, Alagoas registrou 13 detentos. Segundo os dados, em junho de 2016, a população prisional brasileira ultrapassou, pela primeira vez na história, a marca de 700 mil pessoas privadas de liberdade, um aumento na ordem de 707% em relação ao total registrado no início da década de 1990.