Cidades
Reitor da Uncisal pede auditoria nas contas da antecessora ao TCE

Empossado há pouco mais de dois meses no cargo de reitor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), o professor Henrique de Oliveira Costa recebeu a Gazeta de Alagoas, na tarde de ontem, para fazer um balanço de como encontrou a universidade e os órgãos que são geridos por ela. Logo no início da entrevista, ele revelou que já encaminhou requerimento, ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), para que seja realizada uma auditoria em todas as contas da Uncisal referentes à gestão anterior. ?Precisamos fazer essa auditoria, e julgo que deve ser feita ao fim de cada gestão, para que tudo seja passado a limpo e fique claro o responsável por cada coisa?, explica. Segundo ele, os trâmites para o início da auditoria seguem dentro da normalidade e esta deve ser iniciada em janeiro próximo. O professor também esclareceu a situação da Maternidade Escola Santa Mônica, referência em casos de alto risco, que voltou a registrar superlotação, falta de medicamentos e insumos, não pagamento aos funcionários e, até mesmo, falta de pessoal para funcionar. Não faltaram críticas à gestão anterior, comandada pela médica Rozangela Wyszomirska, além de denúncias graves contra a administração da ex-reitora da Uncisal e ex-secretária de Saúde do Estado. O professor Henrique de Oliveira Costa comentou ainda que, ao assumir a gestão na Uncisal, encontrou servidores que se disseram vítimas de assédio moral e até sexual. Além disso, recebeu denúncia de que muitos salários estavam atrasados, alguns até mesmo há 4 meses. No entanto, durante a entrevista, o atual gestor falou em respostas. Ele disse que estabeleceu novos prazos para a normalização da situação na Santa Mônica e falou sobre as soluções traçadas para resolver os problemas enfrentados. À reportagem da Gazeta o reitor disse que, ao assumir o cargo de reitor da Uncisal, encontrou uma situação ?grave?, confessou que foi ?pego de surpresa? e que ?sabia que tinha problemas, mas não tantos? na universidade. ?São problemas de diversas ordens, em diversos setores, e pelos mais variados motivos. ?Ao chegar, encontrei o estoque com mais de 400 tipos de medicamentos zerados. Não são 400 ?medicamentos?, são 400 ?tipos? de medicamentos em falta no estoque. Além disso, outras centenas [de remédios] já estavam para acabar?, pontuou. O reitor criticou ainda a metodologia usada, anteriormente, para controlar o estoque. ?O controle era feito por planilha de Excel. Em alguns lugares, como no Portugal Ramalho, por exemplo, o controle era feito de modo manuscrito?, detalhou. * Sob supervisão da editoria de Cidades.