Cidades
HU nega culpa pela morte de trigêmeos

Os trigêmeos filhos de uma adolescente que nasceram no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPPA), no último dia 13, morreram vítimas da prematuridade. Foi o que disseram médicos da maternidade durante entrevista coletiva na manhã de ontem. Devido à superlotação na UTI Neonatal, eles nasceram no Centro Obstétrico (CO). A pediatra neonatal Elisangela de Sousa revelou que a lotação da UTI já estava acima da capacidade, que é de dez leitos. Ela diz, porém, que os bebês, que nasceram de cinco meses, tiveram total atenção, desde o acompanhamento intrauterino até o falecimento. ?Eles nasceram no CO devido à falta de vaga na UTI, mas depois foram transferidos para a UTI. Entretanto, queremos deixar claro que jamais o hospital foi negligente, deixou de prestar a assistência. Inclusive, o espaço inadequado para o nascimento não deu causa nem acelerou a morte dos bebês?, informou a pediatra. A médica revelou que as mortes se deram pela prematuridade extrema, já que o nascimento aconteceu aos cinco meses, associada a uma má-formação. Já o chefe da maternidade do HU, Felipe Albuquerque, salientou que a gestante teve acompanhamento desde o momento em que procurou a unidade, vindo a ser internada e monitorada até o parto. Esse espaço de tempo foi de cerca de três semanas. ?Acompanhamos a adolescente com ultrassonografia para avaliar a oxigenação e outras questões da gravidez. Quando chegou a um limite, a pediatria foi contatada e o parto se deu no mesmo dia, com a devida atenção que o caso exigiu?, explicou o médico, que lamentou a superlotação na unidade, algo, segundo ele, corriqueiro.