Cidades
Estudantes cobram volta do transporte escolar

Cerca de 150 estudantes fizeram um protesto, na manhã de ontem, em frente ao Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (Cepa), no bairro do Farol, para reivindicar transporte escolar. O grupo chegou a fechar a Avenida Fernandes Lima, mas foi retirado pela polícia. A reportagem apurou que os estudantes apoiam os motoristas do transporte escolar, que estão sem receber há três meses. A categoria deixou de trabalhar há duas semanas. Na manhã de ontem, durante o protesto, não havia nenhum motorista no Cepa, e o estacionamento estava completamente vazio. Estudantes de diversas regiões da capital alegaram não ter ônibus, dentre elas, Benedito Bentes, Eustáquio, Chã da Jaqueira, Ouro Preto, Jacintinho, Santo Amaro, Chã Nova, Gama Lins, Jardim Petrópolis, Village Campestre e Canaã. ?Faltei duas vezes porque eu não tinha dinheiro para pegar o ônibus comum, e, se continuar sem motorista, vou ter que ficar em casa?, lamentou José Claudemilson. A estudante Thaís de Melo falou que é difícil o custeio de passagem de ônibus. ?Vou ter que faltar a todas as aulas por muito tempo, se continuar assim?. Durante o protesto, os alunos chegaram a interditar os dois sentidos da Fernandes Lima, mas a guarnição policial designada para a localidade retirou o grupo. Os estudantes argumentaram que não houve negociação e alguns manifestantes foram agredidos. Por sua vez, o tenente Gilson, do Batalhão de Polícia Escolar (BPEsc), negou qualquer agressão por parte da Polícia Militar (PM), afirmando não ter presenciado qualquer ato de truculência. ?Negociamos com eles e foi formada uma comissão com cinco alunos para se reunir com o Gerenciamento de Crises. Quanto à agressão, não vi nada disso. Nós do batalhão temos, inclusive, uma maneira diferente de lidar com eles, jamais com agressividade?. * Sob supervisão da editoria de Cidades