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Processo de demarcação de terra se arrasta há anos

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?Alagoas é um Estado que, assim como o Brasil, de modo geral, historicamente nega seus povos indígenas. Começa com o extermínio dos caetés, primeiros habitantes do território, ainda no século 16. Em 1872, usando como fundamento dados do primeiro censo nacional brasileiro, um ?genocídio estatístico?, segundo o historiador José Murilo de Carvalho, e atendendo aos apelos dos deputados provinciais, que eram fazendeiros e proprietários com interesse nas terras indígenas, o governo provincial extinguiu oficialmente todos os aldeamentos, afirmando que aqui não havia mais índios?, relata o professor e também historiador Cosme Rogério Ferreira. Diante dessa realidade, os indígenas alagoanos resistiram como puderam, às escondidas, vulnerabilizados na periferia urbana ou em pequenos espaços rurais. Cosme Rogério lembra que o movimento ruralista tem se oposto ao direito constitucional à demarcação, que deveria ter sido concluída no País há aproximadamente 25 anos. ?Por interferência política desse movimento anti-indigenista, o processo de demarcação da terra indígena do Xucuru-Kariri ainda não atingiu sua última fase, que é a homologação. A questão indígena em Palmeira dos Índios é gêmea siamesa da cidade. Sua gênese, em 1773, foi uma aldeia, ou seja, uma unidade administrativa colonial portuguesa, que obedecia a um projeto implementado no Brasil colonial. A ideia era transformar o índio em colono, sendo este proibido de falar a própria língua e a ser catequizado pelos capuchinhos.

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