Cidades
TJ anula júri que absolveu Mirella da morte de Giovanna

O promotor Antônio Villas Boas, da 8ª Vara Criminal da Capital (Tribunal do Júri), está convicto de que o novo julgamento de Mirella Granconato Ricciardi vai acontecer ainda este ano. Julgado ontem, o recurso que impetrou contra a absolvição de Granconatto foi acatado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). Satisfeito com a decisão do TJ/AL, anulando o julgamento em que Granconato foi absolvida da acusação de mandar matar a universitária Giovanna Tenório, em 2011, Villas Boas acredita que as contradições da decisão tomada pelo Tribunal do Júri da Capital, em outubro do ano passado, serão esclarecidas. ?O Tribunal [de Justiça] reconheceu que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos. Houve um injustificável descompasso entre a verdade real e a decisão dos jurados?, repetiu o promotor, revelando que vai manter a argumentação que apresentou na primeira vez. O MP, disse ele, reafirmará a acusação de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. As ameaças que Mirella fez a Giovanna, por mensagens de celular, serão novamente usadas pela acusação. O próprio presidente da sessão em que Mirella foi absolvida, juiz John Silas, se revelou surpreendido com a decisão dos jurados. ?O tribunal do júri é soberano, mas algumas coisas não ficaram de acordo com o que se espera do julgamento. Por exemplo, no crime de homicídio, eles reconheceram a autoria e a absolveram. Tudo bem, não há problema. Já no crime de ocultação do cadáver, eles reconheceram a materialidade e a autoria e condenaram a ré. Tem alguma coisa que não está certa?, disse o magistrado, após a sentença. O primeiro julgamento de Mirella Granconato, no dia 11 de outubro do ano passado, durou mais de 12 horas de intensos debates. O MP sustentou a acusação de homicídio qualificado, com o promotor Antônio Villas Boas apontando os motivos que comprovam a culpabilidade da ré.