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Analfabetismo atinge 35% da�popula��o de jovens em AL

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FÁTIMA ALMEIDA O analfabetismo ainda atinge cerca de 35% dos jovens alagoanos acima de 15 anos de idade. Em alguns municípios ele chega perto dos 60%. No Brasil, são 20 milhões de analfabetos. O índice ainda é o maior do País, segundo o IBGE. Esse quadro trouxe ao Estado, pela segunda vez em pouco mais de um mês, o secretário Extraordinário de Erradicação do Analfabetismo do Governo Federal, João Luiz Homem de Carvalho. Segundo ele, o governo tem pressa e sua função não é reduzir o analfabetismo, e sim, erradicá-lo. ?Infelizmente, Alagoas tem o maior índice de analfabetismo do Brasil. O presidente Lula e o ministro Cristovam Buarque (Educação) têm pressa em acabar com essa situação, que não combina com um Estado tão belo. A gente tem que começar e rápido?, observa o secretário. Ele cumpriu uma agenda de reuniões com a Secretaria de Educação do Estado e explicou que a orientação do ministro Cristovam Buarque é trabalhar em parceria com a sociedade, subtendendo-se que deve haver ações de um lado e do outro. ?A ação do governo do Estado é propor um projeto de erradicação do analfabetismo e a nossa ação é dar apoio?, diz ele. A parceria, segundo o secretário, envolve também organizações não-governamentais. Dentro do programa de erradicação do analfabetismo, observa o secretário, há também o programa Universidade Alfabetizadora, para envolver a comunidade universitária no processo. Ele diz que são 5 milhões de universitários no Brasil e para erradicar o analfabetismo em quatro anos seriam necessários 100 mil alfabetizadores. ?O engajamento de 2% desses universitários já seria o suficiente?, calcula. O Ministério quer contar ainda com empresários, igreja, e toda a sociedade organizada no movimento que, na opinião do secretário Homem de Carvalho, compara-se ao movimento pela abolição da escravatura. Ele acredita que a partir dessa segunda visita o processo em Alagoas vai avançar, e explicou como a parceria vai funcionar: o Ministério da Educação paga o alfabetizador e o percentual para a sua formação. Os valores, segundo ele, ficam entre R$ 225,00 e R$ 375,00 por alfabetizador ao mês, mais R$ 20,00 para a sua formação. ?Eu diria que isso chega a ser quase 80% do custo total?, diz, acrescentando que para educação tudo é pouco. ?Estamos trabalhando este ano sem orçamento, mas temos que começar e dá para começar. No próximo ano será melhor?. /// Fórum discute fortalecimento da Educação Com o objetivo de discutir temas que contribuam para fortalecer a educação pública do Estado, a União dos Dirigentes Municipais de Educação de Alagoas (Undime/AL) realizou o II Fórum Estadual dos Dirigentes Municipais de Educação. O evento terminou, ontem, com participação de secretários municipais de Educação de todos os municípios do Estado, coordenadores pedagógicos e representantes do setor de todo o País. Segundo a assessora técnica da Undime, Betânia Toledo, o fórum teve como meta principal o início da elaboração dos planos municipais de educação para os 102 municípios de Alagoas. Além disso, foram discutidas as mudanças do novo governo federal para o setor educacional, incluindo o programa Brasil Alfabetização. Também foram pauta de discussão durante o encontro as políticas para o ensino fundamental, o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério (Fundef) e o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico (Fundeb). ?Construindo uma Escola para Todos? foi um dos temas do encontro, que contou ainda com a presença do secretário da Alfabetização do Ministério da Educação, João Luiz Homem de Carvalho, da presidente da Undime do Nordeste, Sara Oliveira Lima, da secretária de Ensino Fundamental do MEC, Maria José Feres, além de outras autoridades educacionais do cenário nacional. ?Tivemos uma importante oportunidade de discutirmos os rumos que a educação vem tomando e as novas perspectivas a serem tomadas a partir de agora, uma vez que nós educadores temos a obrigação de primar por uma estrutura pedagógico-educacional de qualidade e digna para aqueles que usufruem do serviço público no Estado?, salientou Betânia Toledo. (C.M)

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