Tragédia de Brumadinho expôs também a situação de Alagoas

O rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, que deixou mais de 300 desaparecidos, mortos, centenas de pessoas e animais feridos e parte daquela comunidade rural destruída, mostrou, além da dor, o tamanho da negligência com as construções de barragens de rejeitos e de água no Brasil. A ?irresponsabilidade? na fiscalização dos órgãos federais, estaduais, municipais e dos políticos, começa na contabilização de 24 mil barragens, das quais 3.386 são classificadas como de alto risco. Esse número pode ser bem maior. Em Alagoas, contabilizavam-se 26 barragens críticas de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), que se ampara em relatórios da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que carecem de atualização, de um minucioso trabalho de pesquisa e identificação de desses equipamentos, afirmam os técnicos da autarquia federal, que corrigiram para 29 o número de barragens de risco alto. As precárias fiscalizações e contabilizações das barragens não são um problema só de Alagoas; é nacional, admitem os técnicos federais.