Cidades
UM ANO E MEIO APÓS TREMORES, AS INCERTEZAS CONTINUAM

Um ano e seis meses e uma imensidão de incertezas. Viver diariamente com as consequências dos tremores de terra provocados, segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), pelas atividades mineradoras da Braskem, em Maceió, não tem sido uma missão fácil. Com os imóveis rachados e estruturas comprometidas, muitas famílias tiveram de sair do bairro do Pinheiro e deixar para trás toda uma história de vida. Mais que isso: precisaram abrir mão de um bem adquirido às custas de muito esforço. Conhecido em Maceió como um bairro ?onde tem tudo? e que ?é perto de tudo?, o Pinheiro se transformou. Com ruas esvaziadas e algumas delas isoladas pela Defesa Civil, o bairro virou alvo fácil da ação de bandidos. O volume de carros que trafega no local diminuiu e já não se veem as pessoas conversando nas praças ? como a Menino Jesus de Praga -, como até pouco tempo atrás. Na Rua Belo Horizonte, onde era comum um grande tráfego de veículos, os congestionamentos acabaram. De sonho a pesadelo, o Pinheiro vem se tornando, cada dia mais, um bairro-fantasma.